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15/04/2003
-
21h30
KÁTIA BRASIL
da Agência Brasil, em Manaus
A capital amazonense, Manaus, registrou no primeiro trimestre deste ano 16.944 notificações de malária, número 815% superior ao mesmo período do ano passado, então com 1.850 casos. É a maior epidemia registrada na cidade _tendo seu pico no mês de março, quando 6.908 [cerca de 223 casos por dia] pessoas foram atingidas pela doença, transmitida por um parasita originário da África. Não há vacina que previna a doença.
O desmatamento provocado por sem-teto que invadiram áreas nativas da cidade, a intensificação das chuvas e a suspensão do fumacê (aplicação do inseticida) à noite em bairros tidos como endêmicos são fatores apontados para a explosão da Malária.
Em novembro do ano passado, agentes da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) denunciaram a falta de infra-estrutura para combater a malária depois que o serviço foi descentralizado do Ministério da Saúde para a Susam (Secretaria de Estado da Saúde).
Com a descentralização, a Susam herdou da Funasa 565 servidores, além de equipamentos e uma verba mensal de R$ 1,3 milhão.
Hoje, o agente da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) Hernandes Ferreira Barata disse que a epidemia tem como causa a suspensão do fumacê entre dezembro e fevereiro por decisão da gerência do programa na Susam. "Havia um consenso de que o inseticida não estava fazendo efeito, o mosquito estava resistindo e por falta dos insumos [que compõem o inseticida] suspenderam as atividades de campo para fazer uma avaliação. Ficou dois meses sem fumacê, a malária explodiu", disse o agente.
O consultor para a área de controle de endemias da Susam Wilson Alecrim negou a versão do agente. "Não faltou inseticida e não houve suspensão das ações. Tivemos essa informação do campo [de que havia resistência do mosquito], mas fizemos os testes verificamos que o inseticida estava matando 100% os mosquitos", disse, acrescentando que o aumento das invasões de terras e uma alteração no ciclo das chuvas foram os motivos que ocasionaram a epidemia da doença.
"As chuvas facilitaram a proliferação do mosquito transmissor da malária, em especial, nas áreas invadidas", afirmou Alecrim, explicando que os casos do doença já começam a cair em abril, quando se registou 1.579 notificações até ontem.
Também hoje, Susam decidiu intensificar o plano de ações de combate a malária contratando 86 agentes de controle de endemias e aumentando os locais de diagnósticos. A Prefeitura de Manaus colocou à disposição do plano mil agentes do programa Médicos da Família.
Casos de malária em Manaus crescem 815% no primeiro trimestre
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da Agência Brasil, em Manaus
A capital amazonense, Manaus, registrou no primeiro trimestre deste ano 16.944 notificações de malária, número 815% superior ao mesmo período do ano passado, então com 1.850 casos. É a maior epidemia registrada na cidade _tendo seu pico no mês de março, quando 6.908 [cerca de 223 casos por dia] pessoas foram atingidas pela doença, transmitida por um parasita originário da África. Não há vacina que previna a doença.
O desmatamento provocado por sem-teto que invadiram áreas nativas da cidade, a intensificação das chuvas e a suspensão do fumacê (aplicação do inseticida) à noite em bairros tidos como endêmicos são fatores apontados para a explosão da Malária.
Em novembro do ano passado, agentes da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) denunciaram a falta de infra-estrutura para combater a malária depois que o serviço foi descentralizado do Ministério da Saúde para a Susam (Secretaria de Estado da Saúde).
Com a descentralização, a Susam herdou da Funasa 565 servidores, além de equipamentos e uma verba mensal de R$ 1,3 milhão.
Hoje, o agente da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) Hernandes Ferreira Barata disse que a epidemia tem como causa a suspensão do fumacê entre dezembro e fevereiro por decisão da gerência do programa na Susam. "Havia um consenso de que o inseticida não estava fazendo efeito, o mosquito estava resistindo e por falta dos insumos [que compõem o inseticida] suspenderam as atividades de campo para fazer uma avaliação. Ficou dois meses sem fumacê, a malária explodiu", disse o agente.
O consultor para a área de controle de endemias da Susam Wilson Alecrim negou a versão do agente. "Não faltou inseticida e não houve suspensão das ações. Tivemos essa informação do campo [de que havia resistência do mosquito], mas fizemos os testes verificamos que o inseticida estava matando 100% os mosquitos", disse, acrescentando que o aumento das invasões de terras e uma alteração no ciclo das chuvas foram os motivos que ocasionaram a epidemia da doença.
"As chuvas facilitaram a proliferação do mosquito transmissor da malária, em especial, nas áreas invadidas", afirmou Alecrim, explicando que os casos do doença já começam a cair em abril, quando se registou 1.579 notificações até ontem.
Também hoje, Susam decidiu intensificar o plano de ações de combate a malária contratando 86 agentes de controle de endemias e aumentando os locais de diagnósticos. A Prefeitura de Manaus colocou à disposição do plano mil agentes do programa Médicos da Família.
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