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11/08/2000
-
20h17
DANIELA NAHASS
da Folha de S.Paulo
O governo vai liberar R$ 130 milhões para quatro Estados do Nordeste atingidos pelas chuvas, R$ 176,5 milhões a menos do que a ajuda solicitada ontem pelos governadores de dois Estados: Jarbas Vasconcelos (PMDB), de Pernambuco, e Ronaldo Lessa (PSB), de Alagoas.
Eles se reuniram na quarta-feira com o presidente Fernando Henrique Cardoso. Vasconcelos pediu R$ 129,6 milhões e Lessa, R$ 177 milhões.
Do total de R$ 130 milhões que serão liberados, R$ 40 milhões irão para Pernambuco, R$ 35 milhões para Alagoas, R$ 12 milhões para o Rio Grande do Norte e R$ 3 milhões para a Paraíba.
A Sudene e a Defesa Civil vão receber R$ 7 milhões, o DNER (Departamento Nacional de Estradas de Rodagem) receberá R$ 18 milhões para a reconstrução das estradas e a CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos), uma verba de R$ 5 milhões para a recuperação da linhas urbanas.
Outros R$ 10 milhões são para o programa batizado de "bolsa-emergência".
O governo vai pagar um salário mínimo durante três meses para as famílias de Alagoas e Pernambuco prejudicadas pelas enchentes.
Em Pernambuco, foram 22 mortes e 54 mil desabrigados. Em Alagoas, ocorreram 22 mortes e 102 mil pessoas foram afetadas de alguma forma pelas chuvas.
Os recursos adicionais para o pagamento da "bolsa-emergência" foram solicitados pelo vice-presidente Marco Maciel (PFL) a FHC na manhã de desta sexta. O valor inicial da medida provisória estava estipulado em R$ 120 milhões.
O pagamento da "bolsa-emergência" é polêmico. O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) disse anteontem após reunião com o presidente que "o pagamento da bolsa-enchente por menos de sete meses é um engano".
Já Ronaldo Lessa disse que o pagamento dessa bolsa por apenas três meses "poderia parecer um medida eleitoreira". Marco Maciel afirmou que o período de três meses foi definido em função dos recursos limitados. "Três meses serão suficientes para atender os casos mais agudos", disse.
As medidas de ajuda aos Estados atingidos pelas chuvas foram anunciadas ontem por Marco Maciel, que é pernambucano. O vice-presidente desvinculou as medidas das eleições municipais, em outubro. "Não há nenhuma vinculação direta com o problema eleitoral. Todos estamos preocupados com isso, e os recursos serão fiscalizados", afirmou.
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Governo libera R$ 130 mi para Alagoas e Pernambuco
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O governo vai liberar R$ 130 milhões para quatro Estados do Nordeste atingidos pelas chuvas, R$ 176,5 milhões a menos do que a ajuda solicitada ontem pelos governadores de dois Estados: Jarbas Vasconcelos (PMDB), de Pernambuco, e Ronaldo Lessa (PSB), de Alagoas.
Eles se reuniram na quarta-feira com o presidente Fernando Henrique Cardoso. Vasconcelos pediu R$ 129,6 milhões e Lessa, R$ 177 milhões.
Do total de R$ 130 milhões que serão liberados, R$ 40 milhões irão para Pernambuco, R$ 35 milhões para Alagoas, R$ 12 milhões para o Rio Grande do Norte e R$ 3 milhões para a Paraíba.
A Sudene e a Defesa Civil vão receber R$ 7 milhões, o DNER (Departamento Nacional de Estradas de Rodagem) receberá R$ 18 milhões para a reconstrução das estradas e a CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos), uma verba de R$ 5 milhões para a recuperação da linhas urbanas.
Outros R$ 10 milhões são para o programa batizado de "bolsa-emergência".
O governo vai pagar um salário mínimo durante três meses para as famílias de Alagoas e Pernambuco prejudicadas pelas enchentes.
Em Pernambuco, foram 22 mortes e 54 mil desabrigados. Em Alagoas, ocorreram 22 mortes e 102 mil pessoas foram afetadas de alguma forma pelas chuvas.
Os recursos adicionais para o pagamento da "bolsa-emergência" foram solicitados pelo vice-presidente Marco Maciel (PFL) a FHC na manhã de desta sexta. O valor inicial da medida provisória estava estipulado em R$ 120 milhões.
O pagamento da "bolsa-emergência" é polêmico. O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) disse anteontem após reunião com o presidente que "o pagamento da bolsa-enchente por menos de sete meses é um engano".
Já Ronaldo Lessa disse que o pagamento dessa bolsa por apenas três meses "poderia parecer um medida eleitoreira". Marco Maciel afirmou que o período de três meses foi definido em função dos recursos limitados. "Três meses serão suficientes para atender os casos mais agudos", disse.
As medidas de ajuda aos Estados atingidos pelas chuvas foram anunciadas ontem por Marco Maciel, que é pernambucano. O vice-presidente desvinculou as medidas das eleições municipais, em outubro. "Não há nenhuma vinculação direta com o problema eleitoral. Todos estamos preocupados com isso, e os recursos serão fiscalizados", afirmou.
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