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20/04/2003
-
14h26
Se o crime organizado decidisse hoje atacar os fóruns da região, encontraria pouca resistência. Mesmo abrigando os juízes-corregedores dos presídios, os fóruns de sete das dez maiores cidades possuem segurança precária, com no máximo dois vigias _guarda municipal ou policial militar.
Em Matão, apenas um policial militar faz a segurança do fórum, no período da tarde. "Só nas audiências muito importantes o juiz pede reforço na segurança", disse o diretor do 2º ofício criminal, José Carlos Martins Junior.
Depois do assassinato dos juízes Antonio José Machado Dias, de Presidente Prudente, e Alexandre Martins de Castro Filho, do Espírito Santo, os funcionários do Fórum de Matão estão com medo de atentados. Na década de 80, o prédio foi todo depredado por pessoas revoltadas com a condenação de um criminoso da cidade. A situação é semelhante em Jaboticabal, Barretos e Araraquara.
Mesmo tendo uma penitenciária sob sua responsabilidade, o juiz-corregedor de presídios de Araraquara, Silvio de Moura Sales, conta com apenas dois policiais para sua segurança.
Em Barretos, a situação é ainda pior, pois o policial só trabalha no período da tarde. Pela manhã, o fórum fica sem nenhuma segurança. Assustado, o diretor Moacir Braido da Silva determinou semanas atrás que somente uma das três entradas do prédio permaneça aberta ao público.
O Fórum de São Carlos também é vigiado por policiais militares. Mas o diretor André Luiz de Macedo não quis revelar o efetivo que cuida da segurança do prédio. No entanto, ele afirma que a segurança atual não é suficiente. "Eu espero que ela seja reforçada depois", afirmou.
Em Sertãozinho, a segurança é feita por dois guardas municipais. "Temos medo porque tratamos com todo o tipo de gente. E ninguém vem para cá feliz", disse o diretor do 3º ofício, Vitor Hugo dos Santos Jorge.
A situação é mais problemática em Taquaritinga, onde somente um guarda municipal desarmado faz a segurança do prédio. "Ficamos muito à mercê dos bandidos", disse o diretor do 1º ofício, José Galati.
O único fórum das maiores cidades da região que conta com um sistema de segurança mais estruturado é o de Ribeirão Preto.
Além do monitoramento com nove câmeras e da presença da PM, o prédio é cercado e as portas possuem detectores de metais.
O aparato foi implantado a partir de julho passado, quando o fórum recebeu ameaças de bomba, que não se concretizou.
A Folha não conseguiu contato com os responsáveis pelos fóruns de Franca e Bebedouro.
Fóruns da região de Ribeirão seguem com segurança precária
da Folha de S.Paulo, em Ribeirão PretoSe o crime organizado decidisse hoje atacar os fóruns da região, encontraria pouca resistência. Mesmo abrigando os juízes-corregedores dos presídios, os fóruns de sete das dez maiores cidades possuem segurança precária, com no máximo dois vigias _guarda municipal ou policial militar.
Em Matão, apenas um policial militar faz a segurança do fórum, no período da tarde. "Só nas audiências muito importantes o juiz pede reforço na segurança", disse o diretor do 2º ofício criminal, José Carlos Martins Junior.
Depois do assassinato dos juízes Antonio José Machado Dias, de Presidente Prudente, e Alexandre Martins de Castro Filho, do Espírito Santo, os funcionários do Fórum de Matão estão com medo de atentados. Na década de 80, o prédio foi todo depredado por pessoas revoltadas com a condenação de um criminoso da cidade. A situação é semelhante em Jaboticabal, Barretos e Araraquara.
Mesmo tendo uma penitenciária sob sua responsabilidade, o juiz-corregedor de presídios de Araraquara, Silvio de Moura Sales, conta com apenas dois policiais para sua segurança.
Em Barretos, a situação é ainda pior, pois o policial só trabalha no período da tarde. Pela manhã, o fórum fica sem nenhuma segurança. Assustado, o diretor Moacir Braido da Silva determinou semanas atrás que somente uma das três entradas do prédio permaneça aberta ao público.
O Fórum de São Carlos também é vigiado por policiais militares. Mas o diretor André Luiz de Macedo não quis revelar o efetivo que cuida da segurança do prédio. No entanto, ele afirma que a segurança atual não é suficiente. "Eu espero que ela seja reforçada depois", afirmou.
Em Sertãozinho, a segurança é feita por dois guardas municipais. "Temos medo porque tratamos com todo o tipo de gente. E ninguém vem para cá feliz", disse o diretor do 3º ofício, Vitor Hugo dos Santos Jorge.
A situação é mais problemática em Taquaritinga, onde somente um guarda municipal desarmado faz a segurança do prédio. "Ficamos muito à mercê dos bandidos", disse o diretor do 1º ofício, José Galati.
O único fórum das maiores cidades da região que conta com um sistema de segurança mais estruturado é o de Ribeirão Preto.
Além do monitoramento com nove câmeras e da presença da PM, o prédio é cercado e as portas possuem detectores de metais.
O aparato foi implantado a partir de julho passado, quando o fórum recebeu ameaças de bomba, que não se concretizou.
A Folha não conseguiu contato com os responsáveis pelos fóruns de Franca e Bebedouro.
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