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12/08/2000 - 02h58

Para sindicato, faltam funcionários na Reduc

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da Folha de S.Paulo

Além das irregularidades apontadas pelo estudo das quatro universidades, o Sindicato dos Petroleiros de Duque de Caxias também aponta a crescente diminuição do número de funcionários e a terceirização dos serviços na Reduc como causas de grande parte dos acidentes ambientais ocorridos na refinaria.

O presidente do sindicato, Nilson Viana Cesário, afirma que, apesar do aumento da mecanização, a refinaria tem um déficit de 1.350 trabalhadores. "São apenas 1.500 contratados contra 2.000 terceirizados.
É um absurdo que a maioria dos empregados seja de fora. Além disso, deveríamos ter pelo menos mais 1.350 empregados contratados", disse Cesário.

Ele explicou que nos últimos cinco anos as demissões voluntárias foram bastante incentivadas dentro da empresa e a terceirização do serviço aumentou. "Isso é péssimo. Significa que tem gente desqualificada fazendo trabalho de funcionário especializado".

Outra consequência dessa medida é o acúmulo de funções dos trabalhadores. "No dia do acidente havia apenas uma pessoa vistoriando o duto, quando o certo seriam três", afirmou o presidente do sindicato.

A falta de segurança também preocupa os funcionários. De acordo com Cesário, válvulas estariam funcionando amarradas por cordas e muitos dutos estariam enferrujados.

Falta de investimento

Essas são as consequências do pouco investimento nas refinarias da estatal, de acordo com Adriano Pires Rodrigues, professor de Planejamento Energético da Coppe (Coordenadoria de Programas de Pós-Graduação em Engenharia), da UFRJ.

"Depois da crise do petróleo, em 1973, a Petrobras passou a investir mais em produção do que em refino. A relação é de 80% para 20%. Com isso, a tecnologia das refinarias da estatal está muito abaixo da encontrada nas companhias estrangeiras", disse.

Para tentar mudar a imagem da empresa e melhorar as condições das refinarias, foi estabelecido, logo depois do acidente de janeiro na baía de Guanabara, o Programa de Excelência em Gestão Ambiental e Segurança Operacional, que previa o investimento de R$ 619 milhões até o final do ano e US$ 1 bilhão até dezembro de 2003.

A Petrobras, entretanto, admite ter investido nas refinarias, até agora, apenas R$ 190 milhões.

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