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21/04/2003 - 11h00

Acusado de matar juiz teria confessado que morte foi encomendada

da Folha Online
da Agência Folha

Preso na tarde de ontem em um morro de Itararé, em Vitória (ES), Odessi Martins da Silva Júnior, 20, o Lombrigão, acusado de matar o juiz de execuções penais Alexandre Martins de Castro Filho, 32, confessou diante das câmeras ter assassinado o juiz.

De acordo com o chefe da DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa), delegado Danilo Bahiense, Lombrigão disse ainda que o crime não aconteceu em razão de um assalto e que se tratou de um crime de mando.

"Ele [Lombrigão] já confirmou que o crime foi de mando. Agora, detalhes do depoimento dele nós não podemos passar porque ele não foi ouvido ainda formalmente. Ele só foi ouvido informalmente. Além disso, o inquérito está sob segredo da Justiça e poderia comprometer o resultado final das investigações", disse Bahiense.

Se o depoimento de Lombrigão se confirmar, sua versão será totalmente diferente da versão de outros três acusados de que o crime teria sido de latrocínio _roubo seguido de morte.

Suspeito

Para o Ministério Público e para a Secretaria da Segurança Pública o assassinato do juiz foi um crime de mando. O principal suspeito, segundo procuradores da República e o secretário da Segurança Pública é o coronel reformado da PM Walter Gomes Ferreira.

Castro Filho foi o responsável pela transferência do coronel para uma penitenciária no Acre. A medida foi uma tentativa de acabar com sua influência no Estado, onde continuaria comandando um suposto esquema de pistolagem mesmo estando preso.

Segundo policiais envolvidos nas investigações, a prisão de Lombrigão pode levar ao intermediário que contratou os pistoleiros, e assim revelar o mandante do crime.

Mortes

Castro Filho, que fazia parte do grupo contra o crime organizado do Espírito Santo, foi assassinado no dia 24 de março em frente a uma academia de ginástica no bairro Itapuã, em Vitória.

O assassinato de Castro Filho aconteceu dez dias depois do assassinato do juiz-corregedor de Presidente Prudente (565 km a oeste de SP), Antonio José Machado Dias, 47.

Dias foi assassinado por volta 18h30 do dia 14 de março, perto do fórum de Presidente Prudente, com três tiros. Dois homens em um Uno fecharam o carro do magistrado e o mataram com três tiros. Um terceiro envolvido dava cobertura com outro veículo, usado por eles para voltar à capital.

Nenhum envolvido no crime contra Dias foi preso ainda.
 

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