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22/04/2003 - 21h15

Grupo rouba carga de telefones celulares em aeroporto do RS

LÉO GERCHMANN
da Agência Folha, em Porto Alegre

Quatro assaltantes, portando placas frias e identidade falsas, conseguiram entrar no Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre (RS), e roubar uma carga de telefones celulares avaliada em cerca de R$ 800 mil. A ação ocorreu domingo à noite.

Os telefones foram retirados do hangar da Vasp. Os assaltantes, segundo a polícia, fizeram refém um funcionário de limpeza da TAM e fugiram sem serem notados.

De acordo com a polícia, o pretexto utilizado por dois dos assaltantes para entrar no aeroporto dirigindo um caminhão Mercedes-Benz azul foi que iriam até o terminal de uma empresa de alimentação. Com as placas e identidades falsas, tiveram acesso livre.

Quando chegaram ao hangar da Vasp, os outros dois integrantes do grupo saltaram da carroceria do caminhão e quebraram o cadeado do portão que dá acesso ao local onde estavam os celulares, de marca Nokia.

Rendido com um revólver apontado contra a cabeça, o funcionário da TAM carregou para os assaltantes 14 caixas onde estavam acondicionados os telefones _havia um total de 15 caixas, com procedência de Manaus (AM). Hoje, a mercadoria seria levada para o depósito de uma transportadora.

A operação durou 50 minutos. O refém foi levado sob uma lona, pelo mesmo portão por onde o grupo havia entrado. Sua libertação ocorreu 15 km depois, no município de Esteio. O grupo seguiu pela BR-116 em direção a Novo Hamburgo.

A atuação dos assaltantes foi facilitada pelo fato de que o expediente havia se encerrado às 18h. Segundo a polícia, o grupo sabia do horário, da ausência de seguranças no hangar da Vasp e que havia uma carga de celulares no local. Um malote com cheques foi ignorado pelos assaltantes.

Segurança particular

A Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária) explicou, por intermédio de sua assessoria de imprensa, que as companhias aéreas trabalham com segurança particular no aeroporto.

O acesso aos hangares, porém, é controlado por seguranças terceirizados contratados pela Infraero, que anotam as placas dos veículos (no caso, era do Paraná) e dados das identidades de seus condutores.

Quem passa sem autorização tem os pneus furados por dentes de aço, colocados no chão e acionados por controle remoto.

Hoje, o Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais), que costuma tratar de casos como sequestros, assumiu as investigações.

Agentes da delegacia de defraudações e roubo de cargas ouviram o responsável pela empresa, os vigilantes e o refém. A perícia no hangar da Vasp já foi concluída. As digitais vão ser comparadas com as de alguns suspeitos.
 

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