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Justiça aceita acusação contra PMs por morte de motoboy em São Paulo
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AFONSO BENITES
da Reportagem Local
A Justiça aceitou nesta segunda-feira a denúncia (acusação formal) apresentada pelo Ministério Público contra os quatro policiais militares que mataram o motoboy Alexandre Menezes dos Santos, 25, no último dia 8, em Cidade Ademar (zona sul de São Paulo). A juíza Tânia Magalhães da Silveira, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, também determinou que eles permaneçam presos.
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A Promotoria acusou os PMs Carlos Magno dos Santos Diniz, Ricardo José Manso Monteiro, Márcio Barra da Rocha e Alex Sandro Soares Machado de homicídio triplamente qualificado --motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima. Os policiais também foram acusados de racismo e fraude processual porque, segundo o Ministério Público, modificaram a cena do crime e simularam que o motoboy estava armado. Os promotores também pediram a prisão preventiva dos PMs.
Com a decisão, um processo na Justiça foi aberto contra os policiais --e definirá se eles serão julgados ou não. A defesa diz que recorrerá da decisão.
Morte
O motoboy foi morto na zona sul da cidade. Segundo a Polícia Militar, os policiais avistaram, durante patrulhamento na região da Vila Marari, uma motocicleta transitando sem placa e na contramão. Santos não teria obedecido ao pedido de parada. Ele foi parado na rua Guiomar Branco da Silva --em frente a sua casa-- e abordado pelos PMs --que aplicaram uma gravata para imobilizar o motoboy.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, como a vítima se livrou da imobilização, os policiais aplicaram o golpe novamente, quando Santos teria perdido os sentidos. Os PMs levaram o motoboy para o hospital, mas ele não resistiu.
De acordo com a denúncia, os PMs, "a pretexto de abordagem policial de rotina, agrediram violentamente a vítima Alexandre Menezes dos Santos mediante golpes de socos, pontapés e outros meios de tortura que infligiram à vítima desnecessário sofrimento físico, provocando-lhe as lesões (...) que resultaram em sua morte".
"Não se tem notícia de que abordagem semelhante se faça por policiais militares no Jardim Europa com aquele que eventualmente trafegue em uma Lamborghini sem placas. A ação, além de desastrosa, foi movida indesculpavelmente por preconceito racial e social", afirma um trecho da denúncia, assinada pelos promotores Maurício Antonio Ribeiro Lopes e Marcelo Rovere.
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