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14/08/2000 - 03h52

Polícia ainda não recapturou nenhum dos menores fugitivos da Febem de Parelheiros

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JOSÉ DE OLIVEIRA JÚNIOR
da Agência Folha

Oitenta e cinco adolescentes da Febem (Fundação Estadual para o Bem Estar do Menor) de Parelheiros (zona sul da capital paulista) fugiram por volta das 22h de domingo (13), segundo informações preliminares da Polícia Militar.

Policiais cercaram toda a área próxima à unidade, sem conseguir, até o momento, recapturar algum fugitivo. Não há informações de feridos. A ocorrência ainda vai ser registrada no 25º Distrito Policial (Parelheiros).

No início do ano, o Ministério Público conseguiu uma liminar que proibia a transferência de menores para esta unidade, com o argumento de que o prédio é impróprio para abrigar projetos educacionais, como prevê as normas do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).

A liminar foi derrubada pelo desembargador Márcio Bonilha, presidente do Tribunal de Justiça.

No primeiro semestre, o receio dos menores de serem transferidos para Parelheiros foi motivo de rebeliões em outras unidades.

A Febem de Parelheiros abriga 130 menores, sendo 86 infratores, segundo levantamento do MNDH (Movimento Nacional de Direitos Humanos), divulgado em julho.

Esta unidade era um antigo presídio que foi reformado em abril deste ano, com o objetivo de transferir definitivamente os infratores que ocupavam o cadeião de Santo André (Grande São Paulo) e a Casa de Detenção do Carandiru (zona norte de São Paulo) e de unidades da Febem superlotadas, como a do Tatuapé (região leste da cidade).

A Promotoria da Infância e da Juventude, a Associação de Magistrados e Promotores da Infância e da Juventude, o Sitraenfa (Sindicato dos Trabalhadores em Entidades de Assistência ao Menor), o Centro de Defesa da Criança e do Adolescente e o Movimento Nacional pelos Direitos Humanos denunciaram na época que a intenção do governo paulista era somente de dificultar o acesso dos menores aos bairros residenciais mais populosos.

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