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02/05/2003
-
10h51
da Folha de S.Paulo, em Campinas
O maior conjunto habitacional da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) no Estado de São Paulo _com 2.340 apartamentos_, inaugurado ontem pela manhã em Campinas (95 km a noroeste de São Paulo) pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), vai ser investigado pela Comissão de Obras e Serviços Públicos da Assembléia Legislativa.
A obra estaria desrespeitando a legislação estadual ao ter sido disponibilizada aos moradores sem infra-estrutura como creche, posto de saúde e escola.
O deputado estadual Sebastião Arcanjo (PT), que preside a comissão, afirmou que deverá realizar uma visita na próxima semana ao conjunto habitacional para constatar se a legislação estadual está sendo respeitada.
"Não estamos contra a obra, mas precisamos saber se as pessoas que vão viver nesses apartamentos terão condições dignas de sobrevivência", afirmou.
O empreendimento recebeu críticas da prefeita de Campinas, Izalene Tiene (PT).
Ela questiona o fato de o conjunto habitacional estar sendo lançado antes de dispor dos equipamentos públicos.
Os representantes da Prefeitura de Campinas e da Assembléia Legislativa alegam que a lei estadual 10.317/99 obriga o Estado a dotar os conjuntos habitacionais de total infra-estrutura.
Porém, Alckmin e o secretário estadual de Habitação, Barjas Negri, afirmaram que a obrigação do Estado é entregar as habitações com abastecimento de água, esgoto e energia elétrica.
"As demais melhorias podem ser feitas já com as pessoas instaladas", afirmou Alckmin.
O conjunto habitacional está situado no Jardim San Martin, às margens da estrada dos Amarais.
Além da rede de água e esgoto, instalada pela Sanasa (Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S.A.), e da rede de iluminação pública, instalada pela CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz), toda a área do conjunto habitacional foi asfaltada.
Outro aspecto criticado pela prefeita diz respeito à duplicação da estrada dos Amarais, que não chega até o trecho que passa em frente ao conjunto habitacional, o que dificultará o acesso ao local.
Para a cabeleireira Guiomar Santos, 35, uma das moradoras do novo conjunto habitacional, a falta de infra-estrutura é um problema que poderá ser solucionado com o tempo.
"É claro que seria melhor já estar tudo pronto, mas só o fato de conseguir sair do aluguel e vir para uma casa própria vale o sacrifício", disse Guiomar.
Maior conjunto da CDHU do Estado de SP será investigado
PAULO REDAda Folha de S.Paulo, em Campinas
O maior conjunto habitacional da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) no Estado de São Paulo _com 2.340 apartamentos_, inaugurado ontem pela manhã em Campinas (95 km a noroeste de São Paulo) pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), vai ser investigado pela Comissão de Obras e Serviços Públicos da Assembléia Legislativa.
A obra estaria desrespeitando a legislação estadual ao ter sido disponibilizada aos moradores sem infra-estrutura como creche, posto de saúde e escola.
O deputado estadual Sebastião Arcanjo (PT), que preside a comissão, afirmou que deverá realizar uma visita na próxima semana ao conjunto habitacional para constatar se a legislação estadual está sendo respeitada.
"Não estamos contra a obra, mas precisamos saber se as pessoas que vão viver nesses apartamentos terão condições dignas de sobrevivência", afirmou.
O empreendimento recebeu críticas da prefeita de Campinas, Izalene Tiene (PT).
Ela questiona o fato de o conjunto habitacional estar sendo lançado antes de dispor dos equipamentos públicos.
Os representantes da Prefeitura de Campinas e da Assembléia Legislativa alegam que a lei estadual 10.317/99 obriga o Estado a dotar os conjuntos habitacionais de total infra-estrutura.
Porém, Alckmin e o secretário estadual de Habitação, Barjas Negri, afirmaram que a obrigação do Estado é entregar as habitações com abastecimento de água, esgoto e energia elétrica.
"As demais melhorias podem ser feitas já com as pessoas instaladas", afirmou Alckmin.
O conjunto habitacional está situado no Jardim San Martin, às margens da estrada dos Amarais.
Além da rede de água e esgoto, instalada pela Sanasa (Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S.A.), e da rede de iluminação pública, instalada pela CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz), toda a área do conjunto habitacional foi asfaltada.
Outro aspecto criticado pela prefeita diz respeito à duplicação da estrada dos Amarais, que não chega até o trecho que passa em frente ao conjunto habitacional, o que dificultará o acesso ao local.
Para a cabeleireira Guiomar Santos, 35, uma das moradoras do novo conjunto habitacional, a falta de infra-estrutura é um problema que poderá ser solucionado com o tempo.
"É claro que seria melhor já estar tudo pronto, mas só o fato de conseguir sair do aluguel e vir para uma casa própria vale o sacrifício", disse Guiomar.
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