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08/05/2003
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08h35
da Folha de S.Paulo, em Campinas
A Polícia Civil de Campinas (95 km a noroeste de São Paulo) atribuiu ontem ao principal líder do PCC (Primeiro Comando da Capital) no Estado, Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, a autoria intelectual de dois atentados a policiais praticados no ano passado na região, que tiveram como resultado três mortes.
Um dos casos foi o da invasão a uma delegacia de Sumaré (120 km a noroeste de São Paulo), e o outro, o do ataque a tiros de fuzil a uma base da Polícia Militar, em Campinas.
Conforme a polícia, os atentados foram encomendados por Marcola a criminosos da alta hierarquia da facção criminosa em Campinas, como parte de um processo de intimidação às autoridades. A região concentra a base da facção, no complexo prisional Campinas-Hortolândia (105 km a noroeste de São Paulo).
"A ordem era atirar em policiais, indiscriminadamente", disse o delegado da DIG (Delegacia de Investigações Gerais), Hamilton Caviolla.
As investigações foram feitas em conjunto com promotores da Vara de Execuções e do Gaerco (Grupo de Atuação Especial Regional para a Prevenção e Repressão ao Crime Organizado).
Eles monitoraram conversas telefônicas para chegar aos acusados, que acabaram sendo reconhecidos por testemunhas.
O escolhido de Marcola para liderar as ações, segundo as apurações, foi Alexandre Cardoso da Silva, 31, o Bradock, condenado a 73 anos por roubo e homicídio.
Segundo a polícia, foi Bradock quem matou os policiais a tiros de fuzil. Ele está atualmente preso em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo.
No caso de Sumaré, um dos ajudantes de Bradock foi Manoel Alves da Silva, 31, o Sasquat, que é hoje um dos principais procurados pela polícia do Estado.
Ele chegou a confessar à polícia de São Paulo, antes de fugir do cadeião de Pinheiros, na capital, em março de 2002, que "dominava o crime em Campinas" com o sequestrador Wanderson Nilton de Paula Lima, o Andinho.
Também participaram do atentado Abílio Fidelis Dias Júnior, 24, que está preso em Iaras, e Rogério Siqueira, 19, que foi morto pela PM no final do ano passado, segundo a polícia.
O único ajudante de Bradock no atentado feito em Campinas já identificado é Ademir Redondo, 30, o Grilo, que está foragido. Outro participante da ação é conhecido apenas como Dinho. A polícia e os promotores ainda não chegaram à verdadeira identidade do criminoso.
"Os criminosos que fizeram essas ações na região são todos assaltantes e homicidas perigosos, que agiam movidos por um grande esquema organizado dentro e fora dos presídios", afirmou o promotor da Vara de Execuções, Hebert Teixeira Mendes.
De acordo com ele, as ações praticadas contra policiais na região em 2002 só não continuaram a acontecer devido à mobilização da polícia, determinada à época pelo governo estadual.
Atualmente, a principal meta da facção na região seria organizar resgates em série no complexo Campinas-Hortolândia.
Líder do PCC ordenou atentados na região de Campinas em 2002
CLAUDIO LIZA JUNIORda Folha de S.Paulo, em Campinas
A Polícia Civil de Campinas (95 km a noroeste de São Paulo) atribuiu ontem ao principal líder do PCC (Primeiro Comando da Capital) no Estado, Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, a autoria intelectual de dois atentados a policiais praticados no ano passado na região, que tiveram como resultado três mortes.
Um dos casos foi o da invasão a uma delegacia de Sumaré (120 km a noroeste de São Paulo), e o outro, o do ataque a tiros de fuzil a uma base da Polícia Militar, em Campinas.
Conforme a polícia, os atentados foram encomendados por Marcola a criminosos da alta hierarquia da facção criminosa em Campinas, como parte de um processo de intimidação às autoridades. A região concentra a base da facção, no complexo prisional Campinas-Hortolândia (105 km a noroeste de São Paulo).
"A ordem era atirar em policiais, indiscriminadamente", disse o delegado da DIG (Delegacia de Investigações Gerais), Hamilton Caviolla.
As investigações foram feitas em conjunto com promotores da Vara de Execuções e do Gaerco (Grupo de Atuação Especial Regional para a Prevenção e Repressão ao Crime Organizado).
Eles monitoraram conversas telefônicas para chegar aos acusados, que acabaram sendo reconhecidos por testemunhas.
O escolhido de Marcola para liderar as ações, segundo as apurações, foi Alexandre Cardoso da Silva, 31, o Bradock, condenado a 73 anos por roubo e homicídio.
Segundo a polícia, foi Bradock quem matou os policiais a tiros de fuzil. Ele está atualmente preso em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo.
No caso de Sumaré, um dos ajudantes de Bradock foi Manoel Alves da Silva, 31, o Sasquat, que é hoje um dos principais procurados pela polícia do Estado.
Ele chegou a confessar à polícia de São Paulo, antes de fugir do cadeião de Pinheiros, na capital, em março de 2002, que "dominava o crime em Campinas" com o sequestrador Wanderson Nilton de Paula Lima, o Andinho.
Também participaram do atentado Abílio Fidelis Dias Júnior, 24, que está preso em Iaras, e Rogério Siqueira, 19, que foi morto pela PM no final do ano passado, segundo a polícia.
O único ajudante de Bradock no atentado feito em Campinas já identificado é Ademir Redondo, 30, o Grilo, que está foragido. Outro participante da ação é conhecido apenas como Dinho. A polícia e os promotores ainda não chegaram à verdadeira identidade do criminoso.
"Os criminosos que fizeram essas ações na região são todos assaltantes e homicidas perigosos, que agiam movidos por um grande esquema organizado dentro e fora dos presídios", afirmou o promotor da Vara de Execuções, Hebert Teixeira Mendes.
De acordo com ele, as ações praticadas contra policiais na região em 2002 só não continuaram a acontecer devido à mobilização da polícia, determinada à época pelo governo estadual.
Atualmente, a principal meta da facção na região seria organizar resgates em série no complexo Campinas-Hortolândia.
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