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14/08/2000 - 13h55

Pitta aumenta em 10% repasse de dinheiro para cooperativas sob suspeita

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FABIANE LEITE
da Folha Online

O prefeito de São Paulo, Celso Pitta (PTN), anunciou nesta manhã que aumentará em 10% o repasse de dinheiro às cooperativas que controlam unidades de saúde em São Paulo e fazem parte do SIMS (Sistema Integrado Municipal de Saúde.

O prefeito inaugurou o novo berçário do hospital Waldomiro de Paula, na zona leste da cidade.

O repasse, que era de R$ 40 milhões mensais passará a ser de R$ 44 milhões por mês, para os quatro módulos que fazem parte do sistema, a partir deste mês.

Cooperativas do SIMS são investigadas pela polícia e pelo Ministério Público do Estado de São Paulo em razão de suspeita de superfaturamento na compra de remédios e material hospitalar, entre outras irregularidades.

Segundo o prefeito, o aumento do repasse se deve principalmente ao crescimento da demanda do sistema.

O secretário municipal de saúde, Carlos Alberto Velucci, não soube precisar o quanto cresceu a demanda do sistema. De acordo com ele, no entanto, o aumento do repasse se deve principalmente ao crescimento do custo de remédios e material hospitalar.

Segundo o secretário, com o aumento do repasse, será possível aumentar os estoques de medicamentos e material hospitalar das cooperativas para que possam durar uma semana, em vez de três dias.

Velucci disse que a secretaria tem verba necessária para aumentar o repasse.

Funcionários

O secretário de Saúde admite, no entanto, que o aumento do repasse não seria necessário caso a prefeitura tivesse conseguido reassumir unidades de saúde que estão sob controle das cooperativas, conforme plano anunciado há um ano e meio pela prefeitura, quando foi criado o SIMS.

A Secretaria de Saúde hoje controla 42 unidades de saúde enquanto as cooperativas ainda têm sob seu comando outras 96 unidades. A prefeitura está retomando as unidades para poder voltar a receber todo o montante de recursos da União a que tem direito.

Para retomar as unidades, a administração teria de conseguir trazer de volta 11.900 funcionários da secretaria de saúde que estão trabalhando em outros órgãos da prefeitura. Até agora, só voltaram para a secretaria da Saúde 2.500 funcionários, segundo Velucci.

Os 11.900 funcionários são os que não quiseram aderir ao sistema de cooperativas em 1996, criado com o nome de PAS (Plano de Atendimento à Saúde).

Os funcionários teriam de ser trazidos de volta para a secretaria até o dia 30 de junho, o que não ocorreu, segundo Velucci, por problemas burocráticos. A partir do dia de 30 de junho, segundo a legislação eleitoral, fica proibida a transferência de funcionários públicos.

De acordo com secretário, durante o período eleitoral, os funcionários estão apenas sendo convidados a voltar para a área da Saúde. Ele diz, no entanto, que até o fim do ano conseguirá trazer apenas 7.000 dos 11.900 servidores de volta.

Velucci admite que, com este número de funcionários, não será possível, neste ano, retomar todas as unidades de saúde que estão com as cooperativas.

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