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08/05/2003 - 22h20

Justiça bloqueia parte dos bens do reverendo Moon no MT e SP

HUDSON CORRÊA
da Agência Folha, em Campo Grande

A Justiça tornou indisponível uma parte dos bens da associação do reverendo coreano Sun Myung Moon, 83, no Brasil. São 12 fazendas situadas em Mato Grosso do Sul e cinco prédios com dois terrenos em São Paulo.

Os bens servirão de garantia para pagamento de multas que devem ser aplicadas devido a crimes ambientais no Pantanal de Mato Grosso do Sul.
As infrações foram supostamente cometidas pela Salobra Hobby Empreendimentos, empresa do setor turístico ligada ao reverendo.

A Polícia Militar Ambiental deve interditar amanhã apartamentos, o restaurante, demais alojamentos e pontos de visitação para turistas recebidos na fazenda Salobra, situada no Pantanal, município de Miranda (194 km de Campo Grande).

A desobediência à ordem judicial resultará na multa de R$ 960 mil por dia, pois o complexo turístico funciona sem licença ambiental.

Ainda por decisão da Justiça devem ser apreendidos cinco embarcações, dois caminhões, um ônibus e três tratores.

Os imóveis que a juíza Vânia de Paula Arantes Cardotte tornou indisponíveis pertencem à Associação das Famílias para Unificação e Paz Mundial, entidade fundada no Brasil pelo reverendo Moon.

A juíza atendeu o pedido do promotor de Justiça do Meio Ambiente Alexandre Raslan. Segundo o Ministério Público, os administradores da fazenda Salobra desrespeitaram ordem judicial, de agosto do ano passado, e continuaram com obras na propriedade.

Laudos da Polícia Militar Ambiental e da Secretaria Estadual de Meio Ambiente apontam danos ambientais como erosão provocada pelo conjunto de três lagoas artificiais e manchas de óleo no depósito de combustível.

No Estado o reverendo Moon comprou, desde 1995, 46 fazendas das quais pelo menos dez foram consideras improdutivas pelo Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária).

Outro Lado

O advogado Simão Ferabolli, da Associação das Famílias para Unificação e Paz Mundial, disse hoje que não tinha conhecimento sobre a decisão da Justiça e não responde pelo empreendimento da fazenda Salobra.

Ferabolli informou o telefone da advogada Cristiane Xavier. A reportagem deixou recado no celular, mas não obteve resposta até as 18h40. Na fazenda, uma funcionária disse que não havia ninguém para dar informações.
 

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