Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
12/05/2003 - 08h47

Internos da Febem deixam a Custódia de Taubaté (SP)

da Folha de S.Paulo, em São José dos Campos

O governo do Estado removeu, na madrugada de sábado, os 63 jovens internos da Febem (Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor) que estavam alojados no antigo Anexo da Casa de Custódia de Taubaté (130 km a nordeste de São Paulo), que passará a abrigar somente mulheres a partir deste ano.

Os jovens foram retirados do CRP (Centro de Reabilitação Penitenciária), nome do antigo Anexo, unidade que já abrigou alguns dos presos mais perigosos do Estado, como Francisco de Assis Pereira, o Maníaco do Parque, e Wanderson Nilton de Paula Lima, o Andinho.

Com a retirada dos internos da Febem, o CRP passou a abrigar 43 mulheres e apenas nove homens, ainda remanescentes do antigo Anexo.

Os jovens infratores estavam na Custódia desde o dia 16 de abril, quando foram retirados da unidade 30 da Febem, em Franco da Rocha, na Grande São Paulo, após uma série de rebeliões _eles voltaram para a unidade da fundação de onde haviam saído. Os internos que estavam em Taubaté já haviam completado 18 anos.

A retirada dos infratores da Custódia ocorreu em razão de uma determinação da Justiça, que considerou ilegal a colocação de jovens em presídios do Estado.

Na semana passada, o secretário de Estado da Administração Penitenciária, Nagashi Furukawa, havia confirmado que o governo irá transformar o CRP em um presídio exclusivamente feminino. A situação atual do CRP, com homens e mulheres presos no antigo Anexo, descumpre a legislação, que prevê que pessoas de sexos diferentes não podem ficar na mesma unidade prisional.

Desde o mês passado, os homens que ocupavam as 160 celas do CRP, onde é aplicado o RDD (Regime Disciplinar Diferenciado), sistema rigoroso que restringe os direitos de presos, começaram a ser transferidos para outras unidades prisionais.

De acordo com a secretaria de Estado da Administração Penitenciária, os nove homens que ainda estão na Custódia não foram transferidos até o momento porque estão terminando o período de internação e devem ser transferidos para outras unidades nas próximas semanas.

Segundo Furukawa, não há problemas em manter mulheres e homens presos no local porque os homens estão em alas distintas, sem contato com as mulheres.

Em fevereiro, o juiz-corregedor dos presídios de São Paulo, Paulo Eduardo de Almeida Sorci, chegou a determinar que as mulheres que estavam nas celas da Custódia fossem retiradas do local.
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página