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12/05/2003
-
23h27
da Agência Folha, em Campo Grande
Procuradores de Justiça de Berna, capital da Suíça, localizaram e bloquearam em seu país contas bancárias do "comendador" João Arcanjo Ribeiro, do contador Luiz Alberto Dondo Gonçalves e do delegado aposentado da Polícia Civil de Mato Grosso Alair Fernando das Neves.
Ao receber as informações dos procuradores da Suíça, o juiz da 1ª Vara Federal de Mato Grosso, Julier Sebastião da Silva, decretou hoje a prisão temporária (válida por cinco dias) de Neves, que comandava a Polícia Civil em Mato Grosso.
"São milhões de dólares depositados em várias contas", afirmou Silva à Agência Folha.
Segundo o juiz, os procuradores suíços ainda não repassaram as informações sobre o total de dinheiro movimentado nos bancos.
Acusado de chefiar o crime organizado com ramificações em cinco Estados brasileiros, Arcanjo está preso desde o início de abril em Montevidéu, no Uruguai.
O contador Dondo Gonçalves, que cuidaria da contabilidade do crime organizado, foi preso em dezembro em Cuiabá (MT).
Antes das informações repassadas pelos procuradores da Suíça, o Ministério Público Federal em Mato Grosso tinha identificado contas de Arcanjo no Uruguai e nos Estados Unidos, incluindo na antiga agência do Banestado (Banco do Estado do Paraná) em Nova York.
"Pode ser a ponta de um novo iceberg de lavagem de dinheiro", disse Silva. Arcanjo é acusado de sonegar R$ 842 milhões da Receita Federal e de lavar dinheiro no Uruguai e nos Estados Unidos. Neste último país, é dono de um hotel avaliado em US$ 40 milhões.
Fuga
A Justiça Federal decretou a prisão preventiva de três agentes carcerários acusados de facilitar a fuga do cabo da Polícia Militar Hércules de Araújo Agostinho, 33, no presídio de Pascoal Ramos no dia 1º de maio.
Acusado de matar Domingos Sávio Brandão de Lima Júnior, o então dono do jornal "Folha do Estado", o cabo superou cinco portões sem ser incomodado até a saída do presídio.
Outros 15 agentes que estavam com prisão temporária decretada foram libertados.
Permanecem detidos Castriel de Araújo Júnior, Carlos Addor de Souza Neto e Jailson Aleixo de Souza.
Localizada na Suíça contas de Arcanjo, preso no Uruguai
HUDSON CORRÊAda Agência Folha, em Campo Grande
Procuradores de Justiça de Berna, capital da Suíça, localizaram e bloquearam em seu país contas bancárias do "comendador" João Arcanjo Ribeiro, do contador Luiz Alberto Dondo Gonçalves e do delegado aposentado da Polícia Civil de Mato Grosso Alair Fernando das Neves.
Ao receber as informações dos procuradores da Suíça, o juiz da 1ª Vara Federal de Mato Grosso, Julier Sebastião da Silva, decretou hoje a prisão temporária (válida por cinco dias) de Neves, que comandava a Polícia Civil em Mato Grosso.
"São milhões de dólares depositados em várias contas", afirmou Silva à Agência Folha.
Segundo o juiz, os procuradores suíços ainda não repassaram as informações sobre o total de dinheiro movimentado nos bancos.
Acusado de chefiar o crime organizado com ramificações em cinco Estados brasileiros, Arcanjo está preso desde o início de abril em Montevidéu, no Uruguai.
O contador Dondo Gonçalves, que cuidaria da contabilidade do crime organizado, foi preso em dezembro em Cuiabá (MT).
Antes das informações repassadas pelos procuradores da Suíça, o Ministério Público Federal em Mato Grosso tinha identificado contas de Arcanjo no Uruguai e nos Estados Unidos, incluindo na antiga agência do Banestado (Banco do Estado do Paraná) em Nova York.
"Pode ser a ponta de um novo iceberg de lavagem de dinheiro", disse Silva. Arcanjo é acusado de sonegar R$ 842 milhões da Receita Federal e de lavar dinheiro no Uruguai e nos Estados Unidos. Neste último país, é dono de um hotel avaliado em US$ 40 milhões.
Fuga
A Justiça Federal decretou a prisão preventiva de três agentes carcerários acusados de facilitar a fuga do cabo da Polícia Militar Hércules de Araújo Agostinho, 33, no presídio de Pascoal Ramos no dia 1º de maio.
Acusado de matar Domingos Sávio Brandão de Lima Júnior, o então dono do jornal "Folha do Estado", o cabo superou cinco portões sem ser incomodado até a saída do presídio.
Outros 15 agentes que estavam com prisão temporária decretada foram libertados.
Permanecem detidos Castriel de Araújo Júnior, Carlos Addor de Souza Neto e Jailson Aleixo de Souza.
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