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13/05/2003
-
22h26
da Agência Folha, em Campo Grande
O Ministério Público Federal vai pedir aos procuradores de Justiça da Suíça informações sobre os valores das contas bancárias que o "comendador" João Arcanjo Ribeiro, 51, manteria naquele país.
"Nós vamos tentar repatriar os valores para cá por meio de cooperação internacional entre os dois países [Brasil e Suíça]", afirmou o procurador da República em Cuiabá, Pedro Taques.
O juiz da 1ª Vara Federal de Mato Grosso Julier Sebastião da Silva disse que são "milhões de dólares em várias contas" que, na avaliação de Taques, foram enviado à Suíça pelo crime organizado.
A Polícia Federal recebeu ontem informações dos procuradores de Justiça de Berna, capital da Suíça.
Eles teriam localizado e bloqueado em seu país contas bancárias de Arcanjo, do contador Luiz Alberto Dondo Gonçalves e do delegado aposentado da Polícia Civil de Mato Grosso Alair Fernando das Neves.
Ao receber as informações dos procuradores da Suíça, a Justiça Federal decretou a prisão temporária (válida por cinco dias) de Neves.
Arcanjo está preso desde o início de abril em Montevidéu no Uruguai, acusado de chefiar o crime organizado com ramificações em cinco Estados brasileiros e de sonegar R$ 842 milhões da Receita Federal.
O contador Dondo Gonçalves, que cuidaria da contabilidade do crime organizado, foi preso em dezembro em Cuiabá (MT).
O advogado João dos Santos Gomes Filho, que defende Arcanjo e Gonçalves, disse hoje à Agência Folha que não foi informado sobre a existência das possíveis contas do "comendador" na Suíça. O advogado de Neves não foi localizado pela reportagem.
Iceberg
Antes das informações repassadas pelos procuradores da Suíça, o Ministério Público Federal em Mato Grosso tinha identificado contas de Arcanjo no Uruguai e nos Estados Unidos, incluindo na antiga agência do Banestado (Banco do Estado do Paraná) em Nova York.
"Pode ser a ponta de um novo iceberg de lavagem de dinheiro", disse Silva. Arcanjo de lavar dinheiro no Uruguai e nos Estados Unidos. Nesse último país, é dono de um hotel avaliado em US$ 40 milhões.
Brasil vai pedir à Suíça informações sobre contas de Arcanjo
HUDSON CORRÊAda Agência Folha, em Campo Grande
O Ministério Público Federal vai pedir aos procuradores de Justiça da Suíça informações sobre os valores das contas bancárias que o "comendador" João Arcanjo Ribeiro, 51, manteria naquele país.
"Nós vamos tentar repatriar os valores para cá por meio de cooperação internacional entre os dois países [Brasil e Suíça]", afirmou o procurador da República em Cuiabá, Pedro Taques.
O juiz da 1ª Vara Federal de Mato Grosso Julier Sebastião da Silva disse que são "milhões de dólares em várias contas" que, na avaliação de Taques, foram enviado à Suíça pelo crime organizado.
A Polícia Federal recebeu ontem informações dos procuradores de Justiça de Berna, capital da Suíça.
Eles teriam localizado e bloqueado em seu país contas bancárias de Arcanjo, do contador Luiz Alberto Dondo Gonçalves e do delegado aposentado da Polícia Civil de Mato Grosso Alair Fernando das Neves.
Ao receber as informações dos procuradores da Suíça, a Justiça Federal decretou a prisão temporária (válida por cinco dias) de Neves.
Arcanjo está preso desde o início de abril em Montevidéu no Uruguai, acusado de chefiar o crime organizado com ramificações em cinco Estados brasileiros e de sonegar R$ 842 milhões da Receita Federal.
O contador Dondo Gonçalves, que cuidaria da contabilidade do crime organizado, foi preso em dezembro em Cuiabá (MT).
O advogado João dos Santos Gomes Filho, que defende Arcanjo e Gonçalves, disse hoje à Agência Folha que não foi informado sobre a existência das possíveis contas do "comendador" na Suíça. O advogado de Neves não foi localizado pela reportagem.
Iceberg
Antes das informações repassadas pelos procuradores da Suíça, o Ministério Público Federal em Mato Grosso tinha identificado contas de Arcanjo no Uruguai e nos Estados Unidos, incluindo na antiga agência do Banestado (Banco do Estado do Paraná) em Nova York.
"Pode ser a ponta de um novo iceberg de lavagem de dinheiro", disse Silva. Arcanjo de lavar dinheiro no Uruguai e nos Estados Unidos. Nesse último país, é dono de um hotel avaliado em US$ 40 milhões.
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