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14/08/2000
-
19h28
GABRIELA ATHIAS
da Folha de S.Paulo
Mais da metade dos adolescentes internados na unidade da Febem (Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor), no presídio de Parelheiros, zona sul, fugiu no domingo (13), por volta das 21h.
Destes, segundo a assessoria de imprensa da Sads (Secretaria de Desenvolvimento, Assistência e Bem-Estar Social), apemas oito haviam sido recapturados até as 19h20 desta segunda-feira (14). Dos 112 internos, 64 fugiram. As buscas estão sendo conduzidas pela Polícia Militar.
Da avenida Estrada da Colônia (onde há um ponto de ônibus) até a entrada do prédio há uma estrada de terra de quatro quilômetros.
O Ministério Público vai instaurar um procedimento para averiguar as condições em que ocorreram a fuga. O prédio é considerado, pelos promotores, entidades de direitos humanos e pela própria Sads, como uma unidade de segurança máxima.
Antes de funcionar uma unidade da Febem, o prédio era usado como um presídio de segurança máxima.
De acordo com informações oficiais, os adolescentes, armados de paus e estiletes, renderam os monitores, pegaram as chaves e abriram todas as celas.
Ficaram apenas os adolescentes do "seguro" (jurados de morte) e os que estavam no fim do cumprimento da medida socioeducativa.
Militantes de entidades de direitos humanos que conhecem a unidade têm três suspeitas:
a) escassez de funcionários, em razão da rebelião de Franco da Rocha; b) funcionários interessados em aumentar o clima de instabilidade dos últimos dias, que se acirrou após o assassinato de um interno, na noite de quinta-feira, em Franco da Rocha, para provocar um endurecimento ainda maior das regras dentro das unidades; c) facilitação de fuga para aumentar as vagas para os internos de Franco da Rocha, destruída pelo incêndio, ocorrido durante a última rebelião.
No dia 15 de abril, o secretário de Assistência e Bem-Estar Social, Edsom Ortega, disse que uma das maiores vantagens de Parelheiros era justamente sua distância do centro de São Paulo. "Isso dificulta a venda de fugas" (liberdade negociada entre o adolescente e o funcionário), disse.
A declaração de Ortega foi um contraponto às denúncias de entidades de direitos humanos, associações de magistrados e de funcionários da Febem, que reclamavam da inadequação do prédio.
Desde sua inauguração, em abril, a unidade registrou uma única rebelião, sem reféns.
Leia mais sobre a crise na Febem de SP na Folha Online
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Até agora, apenas oito menores que fugiram da Febem de Parelheiros (SP) foram recapturados
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Mais da metade dos adolescentes internados na unidade da Febem (Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor), no presídio de Parelheiros, zona sul, fugiu no domingo (13), por volta das 21h.
Destes, segundo a assessoria de imprensa da Sads (Secretaria de Desenvolvimento, Assistência e Bem-Estar Social), apemas oito haviam sido recapturados até as 19h20 desta segunda-feira (14). Dos 112 internos, 64 fugiram. As buscas estão sendo conduzidas pela Polícia Militar.
Da avenida Estrada da Colônia (onde há um ponto de ônibus) até a entrada do prédio há uma estrada de terra de quatro quilômetros.
O Ministério Público vai instaurar um procedimento para averiguar as condições em que ocorreram a fuga. O prédio é considerado, pelos promotores, entidades de direitos humanos e pela própria Sads, como uma unidade de segurança máxima.
Antes de funcionar uma unidade da Febem, o prédio era usado como um presídio de segurança máxima.
De acordo com informações oficiais, os adolescentes, armados de paus e estiletes, renderam os monitores, pegaram as chaves e abriram todas as celas.
Ficaram apenas os adolescentes do "seguro" (jurados de morte) e os que estavam no fim do cumprimento da medida socioeducativa.
Militantes de entidades de direitos humanos que conhecem a unidade têm três suspeitas:
a) escassez de funcionários, em razão da rebelião de Franco da Rocha; b) funcionários interessados em aumentar o clima de instabilidade dos últimos dias, que se acirrou após o assassinato de um interno, na noite de quinta-feira, em Franco da Rocha, para provocar um endurecimento ainda maior das regras dentro das unidades; c) facilitação de fuga para aumentar as vagas para os internos de Franco da Rocha, destruída pelo incêndio, ocorrido durante a última rebelião.
No dia 15 de abril, o secretário de Assistência e Bem-Estar Social, Edsom Ortega, disse que uma das maiores vantagens de Parelheiros era justamente sua distância do centro de São Paulo. "Isso dificulta a venda de fugas" (liberdade negociada entre o adolescente e o funcionário), disse.
A declaração de Ortega foi um contraponto às denúncias de entidades de direitos humanos, associações de magistrados e de funcionários da Febem, que reclamavam da inadequação do prédio.
Desde sua inauguração, em abril, a unidade registrou uma única rebelião, sem reféns.
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