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16/05/2003
-
20h25
da Agência Folha, em Porto Alegre
Um presidiário condenado a três anos por tráfico de entorpecentes colocava anúncios em um jornal de Porto Alegre e recebia tranquilamente em seu celular, dentro do Presídio Estadual de Novo Hamburgo (RS), telefonemas de pretendentes atraídas pelos seus atributos físicos.
A insólita situação foi flagrada em revista realizada pela delegacia penitenciária da 1ª Região no presídio de Novo Hamburgo (40 km de Porto Alegre).
A polícia alegou para a reportagem que não poderia revelar o nome do detento em razão do disposto no artigo 194 da Lei de Execuções Penais, o qual proíbe a exposição pública de pessoas que estejam cumprindo pena.
O preso é natural de São Leopoldo, cidade vizinha a Novo Hamburgo, no Vale do Sinos. Tem 31 anos e está condenado em regime fechado. No anúncio, dizia sua situação legal e manifestava interesse em manter um relacionamento.
A Secretaria da Justiça e da Segurança ficou preocupada com o resultado da revista, não tanto pela facilidade com que o preso namorava a partir do celular, mas devido à apreensão de um número considerado significativo de objetos para um presídio com apenas 94 ocupantes.
Havia outro telefone celular, duas baterias, um tijolo de maconha pesando um quilo, 15 trouxinhas de maconha e 18 facas artesanais.
Dentre as ligações ouvidas pelos policiais, havia frases como essa: "Li seu anúncio no jornal, gostei muito de você! Sou morena, tenho 1,74m".
De acordo com a polícia, nenhuma visita de pretendentes chegou a ocorrer, porque se permitem apenas as de parentes de primeiro ou segundo grau.
As mulheres chamaram o presidiário de Porto Alegre e municípios próximos, como Canoas e Gravataí --duas cidades da região metropolitana.
O delegado José Antônio Antunes diz ter se surpreendido com o resultado dos anúncios. "Até uma viúva ligou para ele; o que faz a solidão", comentou.
Preso usava celular para fazer anúncios e procurar namorada no RS
LÉO GERCHMANNda Agência Folha, em Porto Alegre
Um presidiário condenado a três anos por tráfico de entorpecentes colocava anúncios em um jornal de Porto Alegre e recebia tranquilamente em seu celular, dentro do Presídio Estadual de Novo Hamburgo (RS), telefonemas de pretendentes atraídas pelos seus atributos físicos.
A insólita situação foi flagrada em revista realizada pela delegacia penitenciária da 1ª Região no presídio de Novo Hamburgo (40 km de Porto Alegre).
A polícia alegou para a reportagem que não poderia revelar o nome do detento em razão do disposto no artigo 194 da Lei de Execuções Penais, o qual proíbe a exposição pública de pessoas que estejam cumprindo pena.
O preso é natural de São Leopoldo, cidade vizinha a Novo Hamburgo, no Vale do Sinos. Tem 31 anos e está condenado em regime fechado. No anúncio, dizia sua situação legal e manifestava interesse em manter um relacionamento.
A Secretaria da Justiça e da Segurança ficou preocupada com o resultado da revista, não tanto pela facilidade com que o preso namorava a partir do celular, mas devido à apreensão de um número considerado significativo de objetos para um presídio com apenas 94 ocupantes.
Havia outro telefone celular, duas baterias, um tijolo de maconha pesando um quilo, 15 trouxinhas de maconha e 18 facas artesanais.
Dentre as ligações ouvidas pelos policiais, havia frases como essa: "Li seu anúncio no jornal, gostei muito de você! Sou morena, tenho 1,74m".
De acordo com a polícia, nenhuma visita de pretendentes chegou a ocorrer, porque se permitem apenas as de parentes de primeiro ou segundo grau.
As mulheres chamaram o presidiário de Porto Alegre e municípios próximos, como Canoas e Gravataí --duas cidades da região metropolitana.
O delegado José Antônio Antunes diz ter se surpreendido com o resultado dos anúncios. "Até uma viúva ligou para ele; o que faz a solidão", comentou.
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