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29/05/2003 - 19h21

Sindicalista foragido se entrega à Polícia Federal em SP

da Folha Online

O diretor sindical Ariacir de Oliveira da Silva, o Tim Maia, se entregou por volta das 17h40, na Superintendência da Polícia Federal em São Paulo. Ele, assim como outros 18 membros do sindicato dos motoristas, teve a prisão preventiva decretada na noite de ontem.

De acordo com o delegado Vagner Castilho, assessor da PF, Silva se apresentou acompanhado de um advogado sem dizer nada sobre onde esteve nos últimos dias. Durante a noite ele será ouvido pelos agentes da PF.

Agora, apenas Albano Dias de Andrade continua foragido. Ele e Silva foram denunciados ontem pelo Ministério Público Federal por sete crimes: formação de quadrilha armada, dano qualificado, paralisação de trabalho de interesse coletivo, paralisação de trabalho mediante violência, frustração de direitos trabalhistas, desobediência e coação durante processo.

Também estão presos denunciados por seis crimes Edivaldo Santiago da Silva (presidente do sindicato), Francisco Xavier da Silva Filho, Isao Hosogi, Geraldo Diniz da Costa, Renato Souza Oliveira, José Luiz de Jesus, José Otaviano de Albuquerque, Antonio Ferreira Mendes, José Simão de Lima Filho, Edivaldo Lima da Silva, Luiz Carlos Antonio, José Domingos da Silva, Paulo César Barbosa, Gerson da Silva Machado, José Valdevan de Jesus, Edvaldo Gomes de Oliveira, Severino Teotônio do Nascimento (preso no CDP sob acusação de envolvimento em um homicídio).

Investigação

Com a denúncia oferecida contra os sindicalistas, o Ministério Público Federal considera encerrada a primeira parte dos trabalhos. Agora, empresas de ônibus deverão ser investigadas.

Para o procurador da República Sérgio Suiama, o sindicato "foi tomado por uma quadrilha organizada, armada, que tem praticado vários crimes contra a cidade de São Paulo".

Ele afirmou que as investigações apontam ligações de sindicalistas e empresários das empresas de ônibus. Exemplos da ligação entre sindicalistas e empresários, segundo o promotor, seriam ajudas de custo de até R$ 5.600 registradas em holerite dos diretores, além da prática de indicação de "apadrinhados" do sindicato para trabalhar nas empresas.

Ameaças

O delegado da Polícia Federal, Leonardo Guarda, responsável pelo inquérito que investiga o envolvimento de diretores do sindicato dos motoristas com donos de viações, disse ontem que testemunhas estão sofrendo coações de membros do sindicato. Uma das vítimas teria sido ameaçada na própria Superintendência da Polícia Federal.

Segundo o delegado, há vários relatos formais e informais de testemunhas e de possíveis testemunhas que acabaram não prestando declarações para a PF por medo de ameaças que elas sofreram.


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