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03/06/2003
-
09h04
da Folha de S.Paulo, em Campinas
Seis perueiros foram detidos ontem após entrar em confronto com policiais militares na frente da 6ª Companhia da Polícia Militar de Campinas (95 km a noroeste de São Paulo), onde ocorreu a terceira tentativa de vistoria das lotações que foram aprovadas para integrar o sistema de transporte alternativo intermunicipal da região metropolitana.
O sistema, chamado Orca (Operador Regional de Coletivo Autônomo), vai regularizar 173 peruas para atuar em seis cidades da região e deixar de fora 217 inscritos. O sistema vem enfrentando problemas para ser regulamentado há mais de um mês.
Segundo a PM, cerca de 300 perueiros que não aceitam as exclusões fizeram um bloqueio para impedir a entrada das lotações para a vistoria de itens de segurança. A vistoria é exigida para que o sistema comece a operar.
No protesto, manifestantes invadiram a pista em que os aprovados chegavam e alguns foram agredidos com cassetetes, ao serem detidos. A PM informou que eles atiravam pedras contra os carros.
"Sempre tem alguém que age em excesso, mas nosso objetivo é apenas protestar contra esse processo, sem vandalismo", declarou o vice-presidente do STA (Sindicato dos Transportadores Autônomos), Rubens Pires.
Os perueiros que foram detidos são da Copersum (Cooperativa do Transporte Alternativo de Sumaré). Cinco foram levados à tarde ao 2º DP (Distrito Policial) e um adolescente de 17 anos foi encaminhado à Delegacia da Infância e da Juventude. Eles foram fichados e liberados.
A polícia deslocou cerca de 80 homens para a área da 6ª Companhia, armou um cordão de isolamento, deixou a tropa de choque de sobreaviso e ofereceu escolta aos alternativos que tentavam acesso ao local para garantir a realização das vistorias.
Foi a terceira tentativa de realização das vistorias. Na semana passada, dois bloqueios dos perueiros impediram que os aprovados no Orca fizessem a vistoria em seus carros.
Ontem, apesar dos protestos, das 34 vistorias previstas, só três ficaram sem passar pela avaliação. Os outros 142 aprovados que não conseguiram fazer a vistoria deverão procurar hoje a 6ª Companhia ou solicitar uma base móvel que foi disponibilizada. Ontem, parte dos vistoriadas já utilizou o sistema.
Hoje é o último dia determinado pela EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) para as vistorias.
"Estamos tentando fazer com que todos os que têm direito sejam regulamentados", afirmou o gerente regional da EMTU, Luiz Renato Schick.
Também foi extinta a ordem de circulação com um selo, para perueiros vistoriados. A medida foi suspensa para impedir que esses condutores sejam agredidos pelos alternativos excluídos do processo.
Na 6ª Companhia, os perueiros que entraram para a vistoria disseram temer represálias da categoria. "Não sei o que pode nos acontecer lá fora", declarou um alternativo, que preferiu não se identificar. Um dos que entraram pela manhã chegou a se arrepender e desistiu de fazer a vistoria. Mesmo assim, continuou ameaçado por alguns manifestantes.
O secretário-geral do STA, Sidnei Souza Oliveira, afirmou que a EMTU se nega a dialogar com os perueiros excluídos do Orca.
Seis perueiros são presos em manifestação em Campinas (SP)
CLAUDIO LIZA JUNIORda Folha de S.Paulo, em Campinas
Seis perueiros foram detidos ontem após entrar em confronto com policiais militares na frente da 6ª Companhia da Polícia Militar de Campinas (95 km a noroeste de São Paulo), onde ocorreu a terceira tentativa de vistoria das lotações que foram aprovadas para integrar o sistema de transporte alternativo intermunicipal da região metropolitana.
O sistema, chamado Orca (Operador Regional de Coletivo Autônomo), vai regularizar 173 peruas para atuar em seis cidades da região e deixar de fora 217 inscritos. O sistema vem enfrentando problemas para ser regulamentado há mais de um mês.
Segundo a PM, cerca de 300 perueiros que não aceitam as exclusões fizeram um bloqueio para impedir a entrada das lotações para a vistoria de itens de segurança. A vistoria é exigida para que o sistema comece a operar.
No protesto, manifestantes invadiram a pista em que os aprovados chegavam e alguns foram agredidos com cassetetes, ao serem detidos. A PM informou que eles atiravam pedras contra os carros.
"Sempre tem alguém que age em excesso, mas nosso objetivo é apenas protestar contra esse processo, sem vandalismo", declarou o vice-presidente do STA (Sindicato dos Transportadores Autônomos), Rubens Pires.
Os perueiros que foram detidos são da Copersum (Cooperativa do Transporte Alternativo de Sumaré). Cinco foram levados à tarde ao 2º DP (Distrito Policial) e um adolescente de 17 anos foi encaminhado à Delegacia da Infância e da Juventude. Eles foram fichados e liberados.
A polícia deslocou cerca de 80 homens para a área da 6ª Companhia, armou um cordão de isolamento, deixou a tropa de choque de sobreaviso e ofereceu escolta aos alternativos que tentavam acesso ao local para garantir a realização das vistorias.
Foi a terceira tentativa de realização das vistorias. Na semana passada, dois bloqueios dos perueiros impediram que os aprovados no Orca fizessem a vistoria em seus carros.
Ontem, apesar dos protestos, das 34 vistorias previstas, só três ficaram sem passar pela avaliação. Os outros 142 aprovados que não conseguiram fazer a vistoria deverão procurar hoje a 6ª Companhia ou solicitar uma base móvel que foi disponibilizada. Ontem, parte dos vistoriadas já utilizou o sistema.
Hoje é o último dia determinado pela EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) para as vistorias.
"Estamos tentando fazer com que todos os que têm direito sejam regulamentados", afirmou o gerente regional da EMTU, Luiz Renato Schick.
Também foi extinta a ordem de circulação com um selo, para perueiros vistoriados. A medida foi suspensa para impedir que esses condutores sejam agredidos pelos alternativos excluídos do processo.
Na 6ª Companhia, os perueiros que entraram para a vistoria disseram temer represálias da categoria. "Não sei o que pode nos acontecer lá fora", declarou um alternativo, que preferiu não se identificar. Um dos que entraram pela manhã chegou a se arrepender e desistiu de fazer a vistoria. Mesmo assim, continuou ameaçado por alguns manifestantes.
O secretário-geral do STA, Sidnei Souza Oliveira, afirmou que a EMTU se nega a dialogar com os perueiros excluídos do Orca.
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