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12/06/2003
-
19h04
Os advogados do empresário Athayde de Oliveira Neto, 23, proprietário da empresa que realizou no dia 31 de maio o show de rock "Unidos pela Paz", no Jockey Club, em Curitiba, onde três pessoas morreram e 25 ficaram feridas, entraram hoje com pedido de habeas corpus contra a prisão preventiva decretada ontem.
Oliveira Neto foi preso na tarde de ontem logo após prestar depoimento na Promotoria de Investigações Criminais (PIC). Ele só compareceu para depor pois a de prisão provisória decretada pelas acusações de homicídio doloso e lesões corporais decretada logo depois do show havia sido revogada.
A solicitação do habeas corpus foi encaminhado para o desembargador Jesus Sarrão, o mesmo que havia revogado a prisão provisória. A decisão só deve ser divulgada amanhã.
Até a sua prisão, Oliveira Neto permaneceu foragido por dez dias. Segundo o advogado Raul Rangel, ele permaneceu todos os dias em casa. "A polícia foi à casa dele apenas uma vez e ele não estava. Ele estava na casa de uma tia. Depois voltou e não saiu de lá."
Depoimento
Rangel informou que no depoimento, Oliveira Neto assumiu ser o único responsável pela realização do show e que não tem sociedade com o amigo, Luiz Fernando Pimentel Mussi, que teria apenas aberto um espaço no canal 21, de propriedade de sua família, como forma de patrocínio.
O acusado teria afirmado ainda que foram postos 21.100 ingressos à venda e que o jockey teria capacidade para receber cerca de 35 mil. "Segundo meu cliente, havia muitas pessoas no local sem ingresso e que forçaram a entrada, tomando o lugar de pessoas que tinham o ingresso. Por isso surgiu o boato de que foram postos mais ingressos à venda do que o permitido. A Polícia Militar não conseguiu conter o público", disse Rangel.
Tumulto
Os portões foram abertos para os shows de quatro bandas --Charlie Brown Jr., Raimundos, Tihuana e Natiruts-- às 19h. Por volta das 21h30, os grupos se apresentavam quando milhares de pessoas ainda aguardavam do lado de fora do jockey, lotado. Revoltados, os que estavam do lado de fora empurraram e arrebentaram os portões.
Policiais tiveram de fazer um cordão de isolamento ao redor dos portões para afastar o público e permitir que os bombeiros prestassem socorro às vítimas.
Os shows não foram interrompidos durante o tumulto. Segundo a polícia, se o evento fosse cancelado, o público ficaria mais revoltado e a tragédia poderia ser maior.
Responsável por show no PR entra com pedido de habeas corpus
da Folha OnlineOs advogados do empresário Athayde de Oliveira Neto, 23, proprietário da empresa que realizou no dia 31 de maio o show de rock "Unidos pela Paz", no Jockey Club, em Curitiba, onde três pessoas morreram e 25 ficaram feridas, entraram hoje com pedido de habeas corpus contra a prisão preventiva decretada ontem.
Oliveira Neto foi preso na tarde de ontem logo após prestar depoimento na Promotoria de Investigações Criminais (PIC). Ele só compareceu para depor pois a de prisão provisória decretada pelas acusações de homicídio doloso e lesões corporais decretada logo depois do show havia sido revogada.
A solicitação do habeas corpus foi encaminhado para o desembargador Jesus Sarrão, o mesmo que havia revogado a prisão provisória. A decisão só deve ser divulgada amanhã.
Até a sua prisão, Oliveira Neto permaneceu foragido por dez dias. Segundo o advogado Raul Rangel, ele permaneceu todos os dias em casa. "A polícia foi à casa dele apenas uma vez e ele não estava. Ele estava na casa de uma tia. Depois voltou e não saiu de lá."
Depoimento
Rangel informou que no depoimento, Oliveira Neto assumiu ser o único responsável pela realização do show e que não tem sociedade com o amigo, Luiz Fernando Pimentel Mussi, que teria apenas aberto um espaço no canal 21, de propriedade de sua família, como forma de patrocínio.
O acusado teria afirmado ainda que foram postos 21.100 ingressos à venda e que o jockey teria capacidade para receber cerca de 35 mil. "Segundo meu cliente, havia muitas pessoas no local sem ingresso e que forçaram a entrada, tomando o lugar de pessoas que tinham o ingresso. Por isso surgiu o boato de que foram postos mais ingressos à venda do que o permitido. A Polícia Militar não conseguiu conter o público", disse Rangel.
Tumulto
Os portões foram abertos para os shows de quatro bandas --Charlie Brown Jr., Raimundos, Tihuana e Natiruts-- às 19h. Por volta das 21h30, os grupos se apresentavam quando milhares de pessoas ainda aguardavam do lado de fora do jockey, lotado. Revoltados, os que estavam do lado de fora empurraram e arrebentaram os portões.
Policiais tiveram de fazer um cordão de isolamento ao redor dos portões para afastar o público e permitir que os bombeiros prestassem socorro às vítimas.
Os shows não foram interrompidos durante o tumulto. Segundo a polícia, se o evento fosse cancelado, o público ficaria mais revoltado e a tragédia poderia ser maior.
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