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13/06/2003
-
11h42
A Justiça concedeu hoje novo habeas corpus ao empresário empresário Athayde de Oliveira Neto, 23, proprietário da empresa que realizou no dia 31 de maio o show de rock "Unidos pela Paz", no Jockey Club, em Curitiba, onde três pessoas morreram e 25 ficaram feridas.
Oliveira Neto permaneceu foragido por dez dias pois tinha prisão provisória decretada. Após a prisão ter sido revogada pelo desembargador Jesus Sarrão --o mesmo que deferiu o novo pedido de habeas corpus-- ele se apresentou na Promotoria de Investigações Criminais (PIC) na quarta-feira para depor, onde teve prisão preventiva decretada e foi preso.
Após a prisão, Athayde foi encaminhado na mesma hora para o COT (Centro de Observação e Triagem), que fica no presídio do Ahú, em Curitiba, e transferido posteriormente para uma cela individual da Casa de Custódia, no bairro Cidade Industrial de Curitiba.
Segundo o advogado Raul de Cassius Marcius Batista Rangel, Oliveira Neto deve deixar a Casa de Custódia por volta do meio-dia e ir para casa. Porém, há informações de que ele deva ser liberado somente no fim da tarde.
Rangel afirmou ainda que ele passou bem durante o período em que esteve detido. "Ele confiou no nosso trabalho [dos advogados]. Nós passamos confiança e a certeza de que tudo daria certo".
Depoimento
Rangel informou que no depoimento, Oliveira Neto assumiu ser o único responsável pela realização do show e que não tem sociedade com o amigo, Luiz Fernando Pimentel Mussi, que teria apenas aberto um espaço no canal 21, de propriedade de sua família, como forma de patrocínio.
O acusado teria afirmado ainda que foram postos 21.100 ingressos à venda e que o jockey teria capacidade para receber cerca de 35 mil.
"Segundo meu cliente, havia muitas pessoas no local sem ingresso e que forçaram a entrada, tomando o lugar de pessoas que tinham o ingresso. Por isso surgiu o boato de que foram postos mais ingressos à venda do que o permitido. A Polícia Militar não conseguiu conter o público", disse Rangel.
Tumulto
Os portões foram abertos para os shows de quatro bandas --Charlie Brown Jr., Raimundos, Tihuana e Natiruts-- às 19h. Por volta das 21h30, os grupos se apresentavam quando milhares de pessoas ainda aguardavam do lado de fora do jockey, lotado. Revoltados, os que estavam do lado de fora empurraram e arrebentaram os portões.
Policiais tiveram de fazer um cordão de isolamento ao redor dos portões para afastar o público e permitir que os bombeiros prestassem socorro às vítimas.
Os shows não foram interrompidos durante o tumulto. Segundo a polícia, se o evento fosse cancelado, o público ficaria mais revoltado e a tragédia poderia ser maior.
Justiça concede novo habeas corpus a responsável por show no PR
da Folha OnlineA Justiça concedeu hoje novo habeas corpus ao empresário empresário Athayde de Oliveira Neto, 23, proprietário da empresa que realizou no dia 31 de maio o show de rock "Unidos pela Paz", no Jockey Club, em Curitiba, onde três pessoas morreram e 25 ficaram feridas.
Oliveira Neto permaneceu foragido por dez dias pois tinha prisão provisória decretada. Após a prisão ter sido revogada pelo desembargador Jesus Sarrão --o mesmo que deferiu o novo pedido de habeas corpus-- ele se apresentou na Promotoria de Investigações Criminais (PIC) na quarta-feira para depor, onde teve prisão preventiva decretada e foi preso.
Após a prisão, Athayde foi encaminhado na mesma hora para o COT (Centro de Observação e Triagem), que fica no presídio do Ahú, em Curitiba, e transferido posteriormente para uma cela individual da Casa de Custódia, no bairro Cidade Industrial de Curitiba.
Segundo o advogado Raul de Cassius Marcius Batista Rangel, Oliveira Neto deve deixar a Casa de Custódia por volta do meio-dia e ir para casa. Porém, há informações de que ele deva ser liberado somente no fim da tarde.
Rangel afirmou ainda que ele passou bem durante o período em que esteve detido. "Ele confiou no nosso trabalho [dos advogados]. Nós passamos confiança e a certeza de que tudo daria certo".
Depoimento
Rangel informou que no depoimento, Oliveira Neto assumiu ser o único responsável pela realização do show e que não tem sociedade com o amigo, Luiz Fernando Pimentel Mussi, que teria apenas aberto um espaço no canal 21, de propriedade de sua família, como forma de patrocínio.
O acusado teria afirmado ainda que foram postos 21.100 ingressos à venda e que o jockey teria capacidade para receber cerca de 35 mil.
"Segundo meu cliente, havia muitas pessoas no local sem ingresso e que forçaram a entrada, tomando o lugar de pessoas que tinham o ingresso. Por isso surgiu o boato de que foram postos mais ingressos à venda do que o permitido. A Polícia Militar não conseguiu conter o público", disse Rangel.
Tumulto
Os portões foram abertos para os shows de quatro bandas --Charlie Brown Jr., Raimundos, Tihuana e Natiruts-- às 19h. Por volta das 21h30, os grupos se apresentavam quando milhares de pessoas ainda aguardavam do lado de fora do jockey, lotado. Revoltados, os que estavam do lado de fora empurraram e arrebentaram os portões.
Policiais tiveram de fazer um cordão de isolamento ao redor dos portões para afastar o público e permitir que os bombeiros prestassem socorro às vítimas.
Os shows não foram interrompidos durante o tumulto. Segundo a polícia, se o evento fosse cancelado, o público ficaria mais revoltado e a tragédia poderia ser maior.
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