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16/06/2003
-
22h54
da Folha de S.Paulo, no Rio
O colírio Methyl Lens Hypac 2%, um dos dois medicamentos suspeitos de terem causado cegueira em 12 pacientes submetidos a operações de catarata em hospitais do Rio, possui licença irregular, disse o delegado Renato Nunes, titular da Delegacia de Repressão a Crimes contra a Saúde Pública.
De acordo com Nunes, o número de registro do colírio no Ministério da Saúde corresponde a outro medicamento e o laboratório Lenssurgical Oftalmologia não teria licença para fabricá-lo. Em fevereiro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária chegou a determinar o recolhimento do produto.
O delegado, que abriu nesta segunda-feira inquérito sobre o caso, também informou que o Oftvisc, o outro colírio suspeito de ter provocado a cegueira, teve dois de seus lotes interditados em abril, em função de uma contaminação.
O laboratório Oftivision, que fabrica o Oftvisc, nega acidentes com o produto no Rio, mas admite responsabilidade por sete casos de cegueira ocorridos em hospitais de Ribeirão Preto.
Dos casos de cegueira no Rio, cinco ocorreram na Clínica de Olhos de Niterói. A clínica confirmou hoje o uso do Methyl Lens Hypac 2% nos cinco pacientes que se submeteram à operação de retirada de catarata.
Segundo a polícia, outros cinco casos aconteceram no Hospital Clementino Fraga Filho, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), onde o medicamento utilizado seria o Oftvisc, e dois na Santa Casa de Misericórdia, onde os médicos também usaram o Methyl Lens Hypac 2%.
A Vigilância Sanitária informou que também está investigando o caso. Seus técnicos farão vistorias nos dois laboratórios para verificar possíveis irregularidades na produção e no armazenamento dos medicamentos.
Segundo o órgão, o laboratório Lenssurgical Oftalmologia poderá ter sua licença de funcionamento cassada por causa das irregularidades envolvendo o comércio do Methyl Lens Hypac 2%.
De acordo com o delegado, os donos da empresa poderão ser indiciados sob as acusações de fabricar e vender medicamento sem autorização da Vigilância Sanitária e de lesão corporal grave, crimes cujas penas vão de 10 a 15 anos e de 2 a 8 anos de prisão, respectivamente.
Além disso, o advogado dos dois pacientes da Santa Casa de Misericórdia, Alessandro Paula Freitas, entrou hoje com um pedido de indenização na Justiça contra a instituição e o laboratório.
Outro lado
O laboratório Oftivision, que fabrica o Oftvisc, negou que seu colírio tenha sido utilizado no Hospital Clementino Fraga Filho, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), onde cinco casos de cegueira em pacientes são suspeitos de terem sido causados pelo medicamento.
Segundo o laboratório, não houve nenhum incidente envolvendo o Oftvisc no Rio. A empresa admite apenas sete casos de cegueira que aconteceram em hospitais de Ribeirão Preto, mas que teriam sido revertidos por meio de tratamento financiado pelo próprio laboratório.
A Folha não conseguiu localizar o laboratório Lenssurgical Oftalmologia, fabricante do Methyl Lens Hypac 2%, suspeito de ter causado cegueira parcial e total em sete pacientes de dois diferentes hospitais do Rio.
O laboratório funcionou em Campinas até o começo deste ano, época em que a Vigilância Sanitária detectou irregularidades em seu funcionamento e chegou a determinar o recolhimento de um de seus medicamentos, justamente o Methyl Lens Hypac 2%.
Leia mais
Saiba mais sobre as investigações envolvendo o Celobar
Colírio possui licença irregular, diz polícia do Rio
SABRINA PETRYda Folha de S.Paulo, no Rio
O colírio Methyl Lens Hypac 2%, um dos dois medicamentos suspeitos de terem causado cegueira em 12 pacientes submetidos a operações de catarata em hospitais do Rio, possui licença irregular, disse o delegado Renato Nunes, titular da Delegacia de Repressão a Crimes contra a Saúde Pública.
De acordo com Nunes, o número de registro do colírio no Ministério da Saúde corresponde a outro medicamento e o laboratório Lenssurgical Oftalmologia não teria licença para fabricá-lo. Em fevereiro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária chegou a determinar o recolhimento do produto.
O delegado, que abriu nesta segunda-feira inquérito sobre o caso, também informou que o Oftvisc, o outro colírio suspeito de ter provocado a cegueira, teve dois de seus lotes interditados em abril, em função de uma contaminação.
O laboratório Oftivision, que fabrica o Oftvisc, nega acidentes com o produto no Rio, mas admite responsabilidade por sete casos de cegueira ocorridos em hospitais de Ribeirão Preto.
Dos casos de cegueira no Rio, cinco ocorreram na Clínica de Olhos de Niterói. A clínica confirmou hoje o uso do Methyl Lens Hypac 2% nos cinco pacientes que se submeteram à operação de retirada de catarata.
Segundo a polícia, outros cinco casos aconteceram no Hospital Clementino Fraga Filho, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), onde o medicamento utilizado seria o Oftvisc, e dois na Santa Casa de Misericórdia, onde os médicos também usaram o Methyl Lens Hypac 2%.
A Vigilância Sanitária informou que também está investigando o caso. Seus técnicos farão vistorias nos dois laboratórios para verificar possíveis irregularidades na produção e no armazenamento dos medicamentos.
Segundo o órgão, o laboratório Lenssurgical Oftalmologia poderá ter sua licença de funcionamento cassada por causa das irregularidades envolvendo o comércio do Methyl Lens Hypac 2%.
De acordo com o delegado, os donos da empresa poderão ser indiciados sob as acusações de fabricar e vender medicamento sem autorização da Vigilância Sanitária e de lesão corporal grave, crimes cujas penas vão de 10 a 15 anos e de 2 a 8 anos de prisão, respectivamente.
Além disso, o advogado dos dois pacientes da Santa Casa de Misericórdia, Alessandro Paula Freitas, entrou hoje com um pedido de indenização na Justiça contra a instituição e o laboratório.
Outro lado
O laboratório Oftivision, que fabrica o Oftvisc, negou que seu colírio tenha sido utilizado no Hospital Clementino Fraga Filho, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), onde cinco casos de cegueira em pacientes são suspeitos de terem sido causados pelo medicamento.
Segundo o laboratório, não houve nenhum incidente envolvendo o Oftvisc no Rio. A empresa admite apenas sete casos de cegueira que aconteceram em hospitais de Ribeirão Preto, mas que teriam sido revertidos por meio de tratamento financiado pelo próprio laboratório.
A Folha não conseguiu localizar o laboratório Lenssurgical Oftalmologia, fabricante do Methyl Lens Hypac 2%, suspeito de ter causado cegueira parcial e total em sete pacientes de dois diferentes hospitais do Rio.
O laboratório funcionou em Campinas até o começo deste ano, época em que a Vigilância Sanitária detectou irregularidades em seu funcionamento e chegou a determinar o recolhimento de um de seus medicamentos, justamente o Methyl Lens Hypac 2%.
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