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19/06/2003
-
14h30
da Folha Online
Os dois homens que atiraram contra os militares do Exército que faziam a segurança do filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva abordaram as vítimas e se apresentaram como policiais.
O subtenente do Exército Alcir José Tomasi e o cabo Nivaldo Ferreira dos Santos estavam dentro do Astra verde alugado pela Presidência. O cabo estava no volante e o subtenente, no banco traseiro, ambos armados.
Segundo a Folha Online apurou, os assaltantes se apresentaram como policiais, pediram para que os militares saíssem do veículo e encostassem no carro, de costas, encostados no capô.
Os criminosos realizaram uma revista nos militares. O subtenente se identificou como segurança da Presidência. Uma das vítimas apresentou a carteira do Exército para mostrar que era militar, mas um dos criminosos pegou o documento e disse: "Não quero esse lixo".
Em seguida, um dos supostos assaltantes jogou a carteira funcional dentro do veículo e pegou uma algema, mas não chegou a "prender" os militares.
Sinal
O criminoso que estava abordando o cabo fez um sinal de positivo com a cabeça para seu comparsa, que estava com o subtenente. O assaltante --que teve o retrato falado divulgado pela polícia-- atirou contra Tomasi, na cabeça.
O cabo percebeu que iria ser baleado também e, rapidamente, segurou na arma que estava com o criminoso. Ele foi baleado na mão. Após o disparo, empurrou o assaltante contra o comparsa e correu.
O militar foi perseguido e diversos disparos foram dados. Um deles atingiu suas costas e saiu pela barriga. A bala não acertou nenhum órgão vital, apenas tecido. Minutos depois, ferido, o militar sentiu as pernas fraquejarem, caiu e perdeu a consciência.
Os dois homens fugiram no Astra verde, encontrado abandonado a cerca de três quilômetros do local do roubo. Depois, a dupla roubou outro Astra, de cor prata, que também foi abandonado posteriormente.
Segundo boletim de ocorrência registrado em Santo André, as armas dos militares, além de cartões, talões de cheque e documentos foram roubados.
Morte
O subtenente Tomasi morreu nesta manhã no Hospital Municipal de Santo André, em consequência de falência múltipla dos órgãos. Ele havia dado entrada no hospital, na noite de ontem, em coma profundo.
Segundo o governo federal, o enterro deverá ocorrer em Santa Maria, no Rio Grande do Sul.
O cabo está internado no Hospital Geral do Exército, em São Paulo. Funcionários do hospital disseram que foram proibidos pelo Exército de passar informações sobre o estado de saúde da vítima.
Suspeitos
Dois suspeitos foram detidos nesta manhã pela Polícia Militar na favela Heliópolis, zona sul de São Paulo. Eles foram levados para a delegacia e deverão ser submetidos a exames residuográficos, para avaliar a existência ou não de pólvora nas mãos.
Os dois também deverão ser encaminhados para o hospital onde está internado o militar para possível reconhecimento. A PM informou que um deles se parece com o retrato falado.
Dupla que atirou contra militares se apresentou como policial
MILENA BUOSIda Folha Online
Os dois homens que atiraram contra os militares do Exército que faziam a segurança do filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva abordaram as vítimas e se apresentaram como policiais.
O subtenente do Exército Alcir José Tomasi e o cabo Nivaldo Ferreira dos Santos estavam dentro do Astra verde alugado pela Presidência. O cabo estava no volante e o subtenente, no banco traseiro, ambos armados.
Segundo a Folha Online apurou, os assaltantes se apresentaram como policiais, pediram para que os militares saíssem do veículo e encostassem no carro, de costas, encostados no capô.
Os criminosos realizaram uma revista nos militares. O subtenente se identificou como segurança da Presidência. Uma das vítimas apresentou a carteira do Exército para mostrar que era militar, mas um dos criminosos pegou o documento e disse: "Não quero esse lixo".
Em seguida, um dos supostos assaltantes jogou a carteira funcional dentro do veículo e pegou uma algema, mas não chegou a "prender" os militares.
Sinal
O criminoso que estava abordando o cabo fez um sinal de positivo com a cabeça para seu comparsa, que estava com o subtenente. O assaltante --que teve o retrato falado divulgado pela polícia-- atirou contra Tomasi, na cabeça.
Divulgação Retrato falado de acusado de matar militar |
O militar foi perseguido e diversos disparos foram dados. Um deles atingiu suas costas e saiu pela barriga. A bala não acertou nenhum órgão vital, apenas tecido. Minutos depois, ferido, o militar sentiu as pernas fraquejarem, caiu e perdeu a consciência.
Os dois homens fugiram no Astra verde, encontrado abandonado a cerca de três quilômetros do local do roubo. Depois, a dupla roubou outro Astra, de cor prata, que também foi abandonado posteriormente.
Segundo boletim de ocorrência registrado em Santo André, as armas dos militares, além de cartões, talões de cheque e documentos foram roubados.
Morte
O subtenente Tomasi morreu nesta manhã no Hospital Municipal de Santo André, em consequência de falência múltipla dos órgãos. Ele havia dado entrada no hospital, na noite de ontem, em coma profundo.
Segundo o governo federal, o enterro deverá ocorrer em Santa Maria, no Rio Grande do Sul.
O cabo está internado no Hospital Geral do Exército, em São Paulo. Funcionários do hospital disseram que foram proibidos pelo Exército de passar informações sobre o estado de saúde da vítima.
Suspeitos
Dois suspeitos foram detidos nesta manhã pela Polícia Militar na favela Heliópolis, zona sul de São Paulo. Eles foram levados para a delegacia e deverão ser submetidos a exames residuográficos, para avaliar a existência ou não de pólvora nas mãos.
Os dois também deverão ser encaminhados para o hospital onde está internado o militar para possível reconhecimento. A PM informou que um deles se parece com o retrato falado.
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