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21/06/2003
-
03h15
A Prefeitura de São Paulo vai pagar, em média, pelo transporte gratuito de 15 idosos por dia em cada uma das 4.667 lotações. Para os 8.415 ônibus, a média diária de reembolso será de 33 idosos.
O que ninguém poderá garantir é que esses passageiros vão mesmo deixar de ter o embarque recusado --a única intenção do subsídio definido pela prefeitura.
Por um lado, cooperativas de lotação e empresários de ônibus receberão o repasse do dinheiro público a partir de uma média de idosos potencialmente transportados. Ou seja: não terão que provar o número de idosos que foram efetivamente transportados.
Por outro, a arma que o poder público tem contra abusos, a fiscalização, continuará, segundo a SPTrans (empresa municipal que cuida do transporte), exatamente com a mesma estrutura com a qual funciona hoje --400 homens. É esse grupo que, há pelo menos três meses, não tem conseguido impedir que os passageiros com 60 anos ou mais sejam barrados no transporte coletivo.
Pior: os perueiros dizem que, se não recusarem nenhum idoso, levarão, por dia, cerca de 20 deles --mais do que calcula o governo. Ou seja: podem voltar a alegar que estão registrando prejuízo, deixando os idosos nos pontos.
O subsídio ao sistema de transportes --sempre criticado pelo PT- foi definitivamente ressuscitado anteontem, com a publicação, no "Diário Oficial" do município, da destinação de R$ 119 milhões para cobrir o transporte gratuito de idosos.
O montante equivale aos embarques de idosos de junho a dezembro --ou seja, R$ 17 milhões por mês ou 330 mil passagens por dia. A verba para o subsídio virá do "excesso de arrecadação do governo", que ainda não explicou onde arrecadou mais do que previu. O pagamento será mensal, e o primeiro, retroativo a junho, ocorrerá em julho.
A estimativa de demanda é resultado de uma pesquisa realizada em 1997 por empresas gerenciadoras e especialistas em transporte público.
Das 330 mil passagens diárias, segundo o diretor-adjunto de gestão econômica e financeira da SPTrans, Adauto Farias, 70 mil irão para lotações. "Contamos com as denúncias da população e com a fiscalização para combater os perueiros que não cumprirem a lei", disse ele.
A sanção para quem continuar recusando os idosos não foi definida, mas, segundo o secretário Jilmar Tatto (Transportes), isso "será caso de polícia".
Especial
Saiba mais sobre a crise no transporte de SP
Lotações vão receber por 15 idosos ao dia em SP
do Agora São PauloA Prefeitura de São Paulo vai pagar, em média, pelo transporte gratuito de 15 idosos por dia em cada uma das 4.667 lotações. Para os 8.415 ônibus, a média diária de reembolso será de 33 idosos.
O que ninguém poderá garantir é que esses passageiros vão mesmo deixar de ter o embarque recusado --a única intenção do subsídio definido pela prefeitura.
Por um lado, cooperativas de lotação e empresários de ônibus receberão o repasse do dinheiro público a partir de uma média de idosos potencialmente transportados. Ou seja: não terão que provar o número de idosos que foram efetivamente transportados.
Por outro, a arma que o poder público tem contra abusos, a fiscalização, continuará, segundo a SPTrans (empresa municipal que cuida do transporte), exatamente com a mesma estrutura com a qual funciona hoje --400 homens. É esse grupo que, há pelo menos três meses, não tem conseguido impedir que os passageiros com 60 anos ou mais sejam barrados no transporte coletivo.
Pior: os perueiros dizem que, se não recusarem nenhum idoso, levarão, por dia, cerca de 20 deles --mais do que calcula o governo. Ou seja: podem voltar a alegar que estão registrando prejuízo, deixando os idosos nos pontos.
O subsídio ao sistema de transportes --sempre criticado pelo PT- foi definitivamente ressuscitado anteontem, com a publicação, no "Diário Oficial" do município, da destinação de R$ 119 milhões para cobrir o transporte gratuito de idosos.
O montante equivale aos embarques de idosos de junho a dezembro --ou seja, R$ 17 milhões por mês ou 330 mil passagens por dia. A verba para o subsídio virá do "excesso de arrecadação do governo", que ainda não explicou onde arrecadou mais do que previu. O pagamento será mensal, e o primeiro, retroativo a junho, ocorrerá em julho.
A estimativa de demanda é resultado de uma pesquisa realizada em 1997 por empresas gerenciadoras e especialistas em transporte público.
Das 330 mil passagens diárias, segundo o diretor-adjunto de gestão econômica e financeira da SPTrans, Adauto Farias, 70 mil irão para lotações. "Contamos com as denúncias da população e com a fiscalização para combater os perueiros que não cumprirem a lei", disse ele.
A sanção para quem continuar recusando os idosos não foi definida, mas, segundo o secretário Jilmar Tatto (Transportes), isso "será caso de polícia".
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