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16/08/2000 - 19h45

Raiva mata um em Mato Grosso

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CELSO BEJARANO JR.
da Agência Folha, em Campo Grande

A coordenação de Vigilância Sanitária da Secretaria de Saúde de Mato Grosso confirmou nesta quarta-feira a morte provocada por raiva de um morador do município de Rosário Oeste, a 150 quilômetros de Cuiabá.

Embora o paciente tenha morrido no dia 1º deste mês, o caso foi divulgado somente ontem. É a quinta morte causada pela doença registrada nos últimos quatro anos no Estado.

De acordo com a coordenadora da Vigilância Sanitária estadual, Beatriz Alves de Castro Soares, o paciente morreu por desconsiderar o perigo do doença, que não tem cura.

Beatriz informou que Benedito José da Silva, 43, levou uma mordida do próprio cão, no início do mês passado. Silva procurou o posto de saúde, mas abandonou o tratamento, que exige a aplicação de dez doses de vacina anti-rábica humana, no período de dez dias.

"Ele (Benedito) tomou quatro doses da vacina e omitiu informações sobre o seu cão, que estava contaminado pela raiva canina." Silva sacrificou o animal logo depois de ser atacado por ele. O paciente levou a mordida na mão. "Se ele continuasse a tomar a vacina nada teria acontecido, estaria vivo."

A raiva, doença infecciosa que ataca o cão e outros mamíferos, como gato, macaco e morcego, e é transmissível ao homem, provoca no paciente contaminado hidrofobia (horror à água) e fotofobia (horror à luz). "A pessoa fica louca, sente a necessidade de morder, agredir, tem os mesmos sintomas de um animal que contraiu a doença."

A raiva matou duas pessoas em Mato Grosso no ano de 1997. Os dois casos foram provocados por mordidas de macaco. No ano seguinte, foram registrados mais dois casos no município de Várzea Grande, quando duas pessoas foram atacadas por cães contaminados. E neste ano, em Rosário Oeste.

A morte de Benedito da Silva motivou a Secretaria de Saúde a antecipar a vacinação nos cães, que estava prevista para o mês que vem. De acordo com a coordenadora de Vigilância Sanitária de Mato Grosso, os animais, mesmo vacinados, podem contrair a doença. "Pelo menos 15% dos vacinados podem ficar doentes, por isso que quase impossível a erradicação da doença."

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