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25/06/2003
-
05h01
da Folha de S.Paulo
As concessionárias de rodovias do Estado de São Paulo negociam o parcelamento do reajuste de pedágios que deve ocorrer no próximo dia 1º de julho. Em vez de 31,5%, as tarifas seriam reajustadas em 25% no próximo mês e, entre dezembro e janeiro, incidiriam os 6,5% restantes.
No entanto, de acordo com o presidente da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), Moacyr Servilha Duarte, o acordo de parcelamento somente sairá se o Estado bancar a porcentagem do aumento que as concessionárias deixariam de ganhar no período entre as parcelas.
Os 31,5%, que haviam sido solicitados ao governo Geraldo Alckmin no início deste mês, se referem ao IGP-M (Índice Geral de Preços de Mercado) dos últimos 12 meses, calculado pela Fundação Getúlio Vargas e que serve de parâmetro oficial para a elevação da tarifa --conforme previsão dos contratos de concessão das estradas firmados pela administração estadual em 1998.
Se o parcelamento for concretizado, a praça de pedágio de São Paulo com maior valor de cobrança, a do sistema Anchieta-Imigrantes, deverá subir de R$ 9,60 para R$ 12 no próximo mês.
O aumento de 31,5% seria o maior desde que foi implantado o sistema de concessionárias, em 1998. Atualmente, a taxa recordista é a de 13,87%, que ocorreu em julho de 2000.
Duarte afirmou que as empresas têm compromissos financeiros e a expectativa de arrecadação é utilizada como garantia.
O governo não se pronunciou sobre o subsídio, mas a assessoria de imprensa da Secretaria dos Transportes confirmou que o secretário Dario Rais Lopes está negociando com as concessionárias.
O presidente da ABCR declarou que as empresas reconhecem que um aumento de 31,5% na tarifa de pedágios seria de difícil assimilação pelo usuário. De acordo com ele, o parcelamento do reajuste da tarifa poderá ser diferente dessa primeira proposta de 25% e 6,5%, conforme a disposição de subsídio do governo.
Arrecadação
A receita das concessionárias vem basicamente do pedágio. No ano passado, a cobrança da tarifa respondeu por 93,8% da receita das empresas. O restante do dinheiro é gerado por publicidade e por taxas de utilização de infra-estrutura da rodovia para postos e outros serviços.
De 2001 para 2002, a arrecadação das concessionárias no país cresceu cerca de 19%. A receita passou de R$ 2,6 bilhões, em 2001, para R$ 3,1 bilhões, em 2002. Apesar do aumento, o setor teve déficit de R$ 920 milhões no período.
Concessionárias negociam aumento de 25% no valor do pedágio
DAYANNE MIKEVISda Folha de S.Paulo
As concessionárias de rodovias do Estado de São Paulo negociam o parcelamento do reajuste de pedágios que deve ocorrer no próximo dia 1º de julho. Em vez de 31,5%, as tarifas seriam reajustadas em 25% no próximo mês e, entre dezembro e janeiro, incidiriam os 6,5% restantes.
No entanto, de acordo com o presidente da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), Moacyr Servilha Duarte, o acordo de parcelamento somente sairá se o Estado bancar a porcentagem do aumento que as concessionárias deixariam de ganhar no período entre as parcelas.
Os 31,5%, que haviam sido solicitados ao governo Geraldo Alckmin no início deste mês, se referem ao IGP-M (Índice Geral de Preços de Mercado) dos últimos 12 meses, calculado pela Fundação Getúlio Vargas e que serve de parâmetro oficial para a elevação da tarifa --conforme previsão dos contratos de concessão das estradas firmados pela administração estadual em 1998.
Se o parcelamento for concretizado, a praça de pedágio de São Paulo com maior valor de cobrança, a do sistema Anchieta-Imigrantes, deverá subir de R$ 9,60 para R$ 12 no próximo mês.
O aumento de 31,5% seria o maior desde que foi implantado o sistema de concessionárias, em 1998. Atualmente, a taxa recordista é a de 13,87%, que ocorreu em julho de 2000.
Duarte afirmou que as empresas têm compromissos financeiros e a expectativa de arrecadação é utilizada como garantia.
O governo não se pronunciou sobre o subsídio, mas a assessoria de imprensa da Secretaria dos Transportes confirmou que o secretário Dario Rais Lopes está negociando com as concessionárias.
O presidente da ABCR declarou que as empresas reconhecem que um aumento de 31,5% na tarifa de pedágios seria de difícil assimilação pelo usuário. De acordo com ele, o parcelamento do reajuste da tarifa poderá ser diferente dessa primeira proposta de 25% e 6,5%, conforme a disposição de subsídio do governo.
Arrecadação
A receita das concessionárias vem basicamente do pedágio. No ano passado, a cobrança da tarifa respondeu por 93,8% da receita das empresas. O restante do dinheiro é gerado por publicidade e por taxas de utilização de infra-estrutura da rodovia para postos e outros serviços.
De 2001 para 2002, a arrecadação das concessionárias no país cresceu cerca de 19%. A receita passou de R$ 2,6 bilhões, em 2001, para R$ 3,1 bilhões, em 2002. Apesar do aumento, o setor teve déficit de R$ 920 milhões no período.
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