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01/07/2003 - 09h18

Policiais são presos sob acusação de extorquir lojista

do Agora São Paulo

Policiais civis foram presos acusados de extorquir lojistas da zona norte de São Paulo. Segundo a Corregedoria da polícia, todas as semanas, um investigador e um agente iam até uma loja que vendia fogos de artifício e pipas na Vila Medeiros.

Ontem, porém, por volta das 15h, a cobrança tomou outro rumo. Cansado de pagar periodicamente aos policiais, o comerciante avisou a Corregedoria da Polícia Civil do achaque que vinha sofrendo. Os policiais, então, esperaram pelos colegas na loja, como se fossem funcionários.

O investigador Gerson Vilauba da Cunha e o agente Odair Pacheco Pereira foram presos em flagrante pelo crime de concussão (extorsão praticada por funcionário público no exercício da função). Eles estariam cobrando R$ 1.000 para deixar de lado supostas irregularidades da loja.

Delegacia

De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança Pública, ambos pertenciam ao 28º DP (Freguesia do Ó), delegacia responsável pela região.

A dupla e o comerciante foram encaminhados para a sede da corregedoria, onde prestaram depoimento até o início da noite.

Alguns vizinhos da loja, que conversaram com a reportagem, mas pediram sigilo de seus nomes, disseram que o dinheiro era exigido porque o estabelecimento vendia pipas com cerol --mistura de cola e vidro moído comumente utilizada nos fios das pipas.

Outros casos

É o segundo caso de flagrante de extorsão praticada por policial nos últimos três dias em São Paulo. Na noite de sábado, um agente do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) foi preso quando exigia US$ 4.000 de um sacoleiro que contrabandeava produtos de informática.

No último dia 19, os cinco investigadores da Dise (Delegacia de Investigação sobre Entorpecentes) de São Sebastião (214 km de SP) foram presos sob acusação de concussão, roubo, formação de quadrilha e calúnia.

Nesse caso, os policiais, à paisana, teriam invadido um restaurante sem um mandado de busca e simulado uma apreensão de drogas, pedindo dinheiro para relaxar a prisão dos comerciantes. Com as prisões, a Dise, que atende a quatro cidades do litoral, foi desativada por falta de efetivo.
 

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