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01/07/2003 - 22h32

Policiais civis são investigados por assassinatos em série em Minas

THIAGO GUIMARÃES
da Agência Folha, em Belo Horizonte

O Ministério Público e a Comissão de Direitos Humanos da Assembléia de Minas Gerais investigam a participação de policiais em crimes na região de Santa Luzia, região metropolitana de Belo Horizonte.

Ontem, promotores ouviram depoimento de três testemunhas, que denunciaram o envolvimento de policiais civis em assassinatos em série na cidade.

De acordo com a comissão, a disputa entre gangues e famílias rivais em Santa Luzia seria o motivo do assassinato, na semana passada, de sete pessoas em menos de 48 horas. Uma das mortes foi a do detetive Marcelo de Jesus Ferreira, 40, morto com 18 tiros.

Segundo as testemunhas ouvidas pela Promotoria, policiais civis teriam então invadido e destruído uma fazenda em Baldim (88 km de Belo Horizonte), em represália ao assassinato do detetive. A fazenda pertence à família de Josimar Fernandes Soares, 15, assassinado na semana passada.

Para o delegado Islande Batista, do 3º Distrito de Santa Luzia, familiares de Soares teriam suspeitado do envolvimento do detetive no assassinato e executado o policial.

Hoje, deputados da comissão e um representante da Promotoria de Combate ao Crime Organizado, acompanhados por duas testemunhas, estiveram na fazenda, onde constataram a destruição do local --cômodos incendiados, vidros e aparelhos elétricos quebrados. Várias cápsulas de munição foram recolhidas para perícia.

De acordo com o deputado Durval Ângelo, presidente da comissão, três policiais civis já foram identificados pelo nome por quatro testemunhas. Segundo Ângelo, as apurações em Santa Luzia apontam para a existência de uma ramificação da suposta "banda podre" das polícias do Estado.

Há um mês, policiais civis e militares são investigados por envolvimento em tráfico de drogas e prostituição no centro de Belo Horizonte. Dez policiais civis e quatro militares tiveram a prisão preventiva decretada.

A assessoria da Polícia Civil informou que a Corregedoria da instituição não fora informada oficialmente sobre os procedimentos da Comissão de Direitos Humanos e do Ministério Público e que, por isso, não poderia comentar as novas denúncias.
 

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