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04/07/2003 - 12h56

Região de Ribeirão Preto registra 3ª morte por hantavirose

SIMEI MORAIS
da Folha de S.Paulo, em Ribeirão Preto

A Secretaria de Estado da Saúde confirmou a terceira morte causada por hantavirose na região de Ribeirão Preto (314 km a norte de São Paulo) neste ano. O registro, ocorrido no dia 7, foi de um homem morador de São Carlos (231 km a noroeste de São Paulo).

Em todo o Estado, houve quatro mortes --só uma, em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, foi fora da região de Ribeirão. O governo estadual também notificou a contaminação de um morador de Ibaté (247 km a noroeste de São Paulo).

As autoridades sanitárias estão em alerta, pois esta época do ano é mais propícia para a contaminação. As atividades no campo, como as queimadas, favorecem o deslocamento dos ratos silvestres (agentes transmissores) para áreas urbanas.

O número de contaminações e de mortes pelo hantavírus vem crescendo. De acordo com a secretaria, nove pessoas manifestaram a doença em São Paulo neste ano.

Os casos confirmados no primeiro semestre deste ano são apenas seis a menos do que o registro de todo o ano passado (15) e um a mais que o verificado em 2001 (oito no total).

A doença já atingiu Ribeirão, Dumont (330 km a noroeste de São Paulo), Pontal (351 km a noroeste de São Paulo), Bebedouro (381 km a noroeste de São Paulo), São Carlos, Ibaté, Santo Antônio da Alegria (359 km a norte de São Paulo), Sertãozinho (355 km a noroeste de São Paulo), Franca (400 km a norte de São Paulo), Araraquara (273 km a noroeste de São Paulo) e Cássia dos Coqueiros (324 km a norte de São Paulo) desde o ano passado.

A hantavirose --doença transmitida por ratos silvestres que provoca hemorragia renal e pulmonar-- tem alta letalidade. A secretaria registrou oito mortes em 2002 e quatro neste ano. Em 2001, houve cinco mortes.

Ribeirão Preto foi o município que mais notificou casos neste ano --três contaminações.

Transmissão

O fato de o registro ser realizado em uma determinada cidade não significa que o vírus foi contraído dentro dos limites do município, segundo a diretora regional da Vigilância Sanitária do Estado, Josely Mendonça Pereira Pintya, 44.

A área em que a doença geralmente se propaga é a rural, uma vez que os ratos silvestres se alimentam de sementes.

"Dessa forma, uma pessoa pode ter contraído o vírus visitando uma zona rural fora do Estado de São Paulo e o caso ter sido notificado aqui em Ribeirão", explica a médica sanitarista.

Quando um caso é confirmado, a Vigilância Sanitária faz uma investigação epidemiológica a respeito do infectado.

"Nós rastreamos os casos analisando todos os locais por onde a pessoa passou nos últimos 60 dias para definir o provável local de infecção", disse.

Aliado a esse trabalho, a Secretaria de Estado da Saúde solicita a captura de roedores do provável local de infecção para detectar animais contaminados.
 

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