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09/07/2003
-
12h40
A estudante de enfermagem Luciana Gonçalves Novaes foi baleada dentro da universidade Estácio de Sá, no Rio, em 5 de maio. Durante os últimos meses, a polícia apresentou diversas versões para o crime.
Hoje, a Secretaria da Segurança Pública anunciou que um traficante foi o autor do tiro. A conclusão foi feita após exame de balística. Segundo a secretaria, um projétil extraído do corpo de um outro traficante assassinado por Elton dos Santos, 19, o Batata, mostrou que a bala tem as mesmas características da que atingiu a estudante.
Veja cronologia do caso:
5.mai
- A estudante é baleada no rosto. O tiro atinge a mandíbula e se aloja na coluna cervical
- Colegas de Luciana dizem ter ouvido tiros disparados do morro do Turano (vizinho da faculdade)
10.mai
A polícia divulga trecho de vídeo do circuito interno da universidade em que um homem aparenta estar segurando uma arma próximo ao local em que a estudante foi baleada
13.mai
- Na reconstituição do crime, peritos dizem que o tiro teria partido de dentro da universidade
- O faxineiro Jonson Wagner Fonseca de Campos diz à polícia que o homem no vídeo era ele, segurando três vassouras
- Peritos descobrem que dez minutos de gravação das câmeras da faculdade, correspondentes ao momento em que a estudante foi baleada, foram apagados
14.mai
- Há informações que o tiro teria sido disparado por um policial que estava dentro da Estácio de Sá perseguindo um traficante
- A polícia suspeita que o policial estaria sendo protegido pelo inspetor da Polícia Civil Marcos Ripper, que seria o encarregado da segurança do campus
16.mai
- A polícia informa que conseguiu recuperar parte das imagens suprimidas, mas que não tem o programa de computador apropriado para examiná-las
17.mai
- O secretário de Segurança Anthony Garotinho afirma que Ripper pode ter fraudado as imagens
18.mai
- Ripper entrega sua arma, calibre 0.40, à polícia e depõe novamente
19.mai
- A polícia anuncia que dois policiais militares são suspeitos de atirarem contra a estudante. Eles são um soldado do 6º Batalhão, que já estava preso por outros motivos e outro trabalhava com Ripper na segurança do campus
20.mai
- O chefe da Polícia Civil Álvaro Lins diz que a polícia pode não saber nunca quem disparou o tiro que feriu a estudante
22.mai
- O gerente da Tele-Segurança, responsável pelo circuito interno de TV da universidade, Carlos Duarte Ferreira, disse que recebeu da entidade a orientação para "piorar" as imagens gravadas pelas câmeras do campus. As imagens mostram o momento em que a estudante foi baleada.
23.mai
- O administrador do campus da universidade, Marcelo Mariano, é indiciado sob acusação de cometer fraude processual. A direção da Estácio é suspeita de participação em um esquema para atrapalhar as investigações da polícia no caso
26.mai
- O chefe da Polícia Civil do Rio afirma que, em uma semana, o caso será resolvido
30.mai
- O delegado Adalberto Chagas, da 6ª DP (Cidade Nova, centro do Rio), é assassinado com um tiro na cabeça. Ele havia assumido a delegacia havia dez dias, após o afastamento de Renato Bezerra, acusado de ser ineficiente na investigação sobre o caso da Estácio. A polícia desconfia que ele reagiu a assalto
2.jun
- O delegado da Delegacia de Repressão a Entorpecentes, Luiz Alberto Andrade, é impedido pela família da estudante de entrar no CTI onde ela está internada para interrogá-la
5.jun
- O chefe da Polícia Civil muda discurso e pede à Justiça prorrogação dos trabalhos de investigação
9.jul
- A secretaria anuncia que o traficante Batata foi o responsável pelo disparo que atingiu a estudante
Veja cronologia do caso da estudante baleada em universidade
da Folha OnlineA estudante de enfermagem Luciana Gonçalves Novaes foi baleada dentro da universidade Estácio de Sá, no Rio, em 5 de maio. Durante os últimos meses, a polícia apresentou diversas versões para o crime.
Hoje, a Secretaria da Segurança Pública anunciou que um traficante foi o autor do tiro. A conclusão foi feita após exame de balística. Segundo a secretaria, um projétil extraído do corpo de um outro traficante assassinado por Elton dos Santos, 19, o Batata, mostrou que a bala tem as mesmas características da que atingiu a estudante.
Veja cronologia do caso:
5.mai
- A estudante é baleada no rosto. O tiro atinge a mandíbula e se aloja na coluna cervical
- Colegas de Luciana dizem ter ouvido tiros disparados do morro do Turano (vizinho da faculdade)
10.mai
A polícia divulga trecho de vídeo do circuito interno da universidade em que um homem aparenta estar segurando uma arma próximo ao local em que a estudante foi baleada
13.mai
- Na reconstituição do crime, peritos dizem que o tiro teria partido de dentro da universidade
- O faxineiro Jonson Wagner Fonseca de Campos diz à polícia que o homem no vídeo era ele, segurando três vassouras
- Peritos descobrem que dez minutos de gravação das câmeras da faculdade, correspondentes ao momento em que a estudante foi baleada, foram apagados
14.mai
- Há informações que o tiro teria sido disparado por um policial que estava dentro da Estácio de Sá perseguindo um traficante
- A polícia suspeita que o policial estaria sendo protegido pelo inspetor da Polícia Civil Marcos Ripper, que seria o encarregado da segurança do campus
16.mai
- A polícia informa que conseguiu recuperar parte das imagens suprimidas, mas que não tem o programa de computador apropriado para examiná-las
17.mai
- O secretário de Segurança Anthony Garotinho afirma que Ripper pode ter fraudado as imagens
18.mai
- Ripper entrega sua arma, calibre 0.40, à polícia e depõe novamente
19.mai
- A polícia anuncia que dois policiais militares são suspeitos de atirarem contra a estudante. Eles são um soldado do 6º Batalhão, que já estava preso por outros motivos e outro trabalhava com Ripper na segurança do campus
20.mai
- O chefe da Polícia Civil Álvaro Lins diz que a polícia pode não saber nunca quem disparou o tiro que feriu a estudante
22.mai
- O gerente da Tele-Segurança, responsável pelo circuito interno de TV da universidade, Carlos Duarte Ferreira, disse que recebeu da entidade a orientação para "piorar" as imagens gravadas pelas câmeras do campus. As imagens mostram o momento em que a estudante foi baleada.
23.mai
- O administrador do campus da universidade, Marcelo Mariano, é indiciado sob acusação de cometer fraude processual. A direção da Estácio é suspeita de participação em um esquema para atrapalhar as investigações da polícia no caso
26.mai
- O chefe da Polícia Civil do Rio afirma que, em uma semana, o caso será resolvido
30.mai
- O delegado Adalberto Chagas, da 6ª DP (Cidade Nova, centro do Rio), é assassinado com um tiro na cabeça. Ele havia assumido a delegacia havia dez dias, após o afastamento de Renato Bezerra, acusado de ser ineficiente na investigação sobre o caso da Estácio. A polícia desconfia que ele reagiu a assalto
2.jun
- O delegado da Delegacia de Repressão a Entorpecentes, Luiz Alberto Andrade, é impedido pela família da estudante de entrar no CTI onde ela está internada para interrogá-la
5.jun
- O chefe da Polícia Civil muda discurso e pede à Justiça prorrogação dos trabalhos de investigação
9.jul
- A secretaria anuncia que o traficante Batata foi o responsável pelo disparo que atingiu a estudante
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