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10/07/2003 - 20h21

Polícia encontra 2 cabeças humanas na região metropolitana de BH

THIAGO GUIMARÃES
da Agência Folha, em Belo Horizonte

A polícia encontrou, na manhã de hoje, duas cabeças humanas em diferentes locais da região metropolitana de Belo Horizonte.

Uma das cabeças, de Anderson José Alves Batista, 27, foi localizada na zona oeste da capital mineira, no mesmo local onde, na madrugada de segunda-feira, o detetive Rodrigo Bezerra Duarte, 31, foi assassinado. A polícia acredita que o detetive tenha sido morto por vingança.

No momento em que a cabeça foi encontrada, cerca de 50 policiais civis faziam, na região, operação de busca aos assassinos do detetive. Dez suspeitos foram presos.

Foi o segundo assassinato de policiais civis na região metropolitana em menos de 24 horas. No domingo, o inspetor João Tótaro Neto, 49, foi baleado ao tentar evitar um assalto em Contagem. Durante o enterro dos policiais, colegas acionaram sirenes e deram tiros para o chão.

A segunda cabeça, de Evandro Ribeiro Soares, 18, foi encontrada às margens de uma rodovia, no município de Vespasiano. Soares foi reconhecido pelos próprios policiais, já que era suspeito de assassinato cometido no último dia 2. Para o delegado de Vespasiano, Nei Gonçalves, a morte de Soares teria como causa a disputa por pontos de tráfico entre grupos rivais da região.

Segundo o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa, deputado Durval Ângelo (PT), há "indícios fortes" da participação de grupos de extermínio nos assassinatos. Para o deputado, é "muita coincidência" uma das cabeças ter sido encontrada exatamente no local da morte do detetive.

A Polícia Civil afirmou que, segundo as famílias de Batista e Soares, os dois eram parceiros no crime. Entretanto, para o titular da Divisão de Crimes Contra a Vida, delegado Elcides Guimarães, não há provas da ligação entre o assassinato do detetive e a decapitação em Belo Horizonte, que teria como objetivo "complicar as investigações".

Tráfico

A Corregedoria da Polícia Civil entregou hoje à Justiça inquérito que apura a participação de integrantes da corporação em tráfico de drogas, extorsão e prostituição em Belo Horizonte.

A suposta "banda podre" da polícia mineira é investigada desde 30 de maio. Na ocasião, S.H.M., 49, presa com drogas, afirmou que trabalhava para policiais que comandariam a venda de entorpecentes no centro da capital.

Desde o último dia 16, dez policiais civis e quatro militares já foram presos preventivamente. O inquérito pede o indiciamento de nove dos policiais civis já presos, sob suspeita de tráfico de drogas. Foi pedida ainda a libertação de um dos detidos, que teria sido confundido com policial homônimo, cuja prisão preventiva foi decretada.

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