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17/08/2000
-
17h03
WILLIAM FRANÇA
da Folha de S.Paulo
1. Pouco antes das 8h desta quinta-feira (17), presos da ala C do pavilhão 5 (CPA-V) da Colônia Penal Agrícola da Papuda foram liberados para o banho de sol no pátio interno. Rendem os quatro agentes carcerários e os trancam na ala administrativa. Avisam que querem fazer um "ajuste de contas" com os detentos da ala B
2. Munidos de barras de ferro e "estoques" (facas improvisadas), conseguem arrebentar todos os cadeados das seis celas da ala B. Retiram da cela 2 os presos que não os interessam e levam para ela aqueles dos quais querem se vingar, que também são atingidos por estocadas
3. A cela 2 é trancada com 11 presos dentro. São retirados os colchões das demais celas e colocados, através das grades, na cela 2. É ateado fogo na pilha de colchões. O fogo toma conta da cela
4. O grupo de presos tenta se abrigar do fogo por trás da meia-parede que serve para ocultar a latrina, no fundo da cela. A torneira que fica próxima é quebrada, na tentativa de apagar o fogo. Apesar disso, nove presos morrem afixiados e outros dois em decorrência de queimaduras. Os corpos foram encontrados empilhados sobre a latrina. Por volta das 8h30, chegam 300 policiais e a briga é encerrada.
Clique aqui para ler mais notícias sobre os presos mortos no presídio da Papuda na Folha Online
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Veja como foi a morte dos detentos da Papuda em DF
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1. Pouco antes das 8h desta quinta-feira (17), presos da ala C do pavilhão 5 (CPA-V) da Colônia Penal Agrícola da Papuda foram liberados para o banho de sol no pátio interno. Rendem os quatro agentes carcerários e os trancam na ala administrativa. Avisam que querem fazer um "ajuste de contas" com os detentos da ala B
2. Munidos de barras de ferro e "estoques" (facas improvisadas), conseguem arrebentar todos os cadeados das seis celas da ala B. Retiram da cela 2 os presos que não os interessam e levam para ela aqueles dos quais querem se vingar, que também são atingidos por estocadas
3. A cela 2 é trancada com 11 presos dentro. São retirados os colchões das demais celas e colocados, através das grades, na cela 2. É ateado fogo na pilha de colchões. O fogo toma conta da cela
4. O grupo de presos tenta se abrigar do fogo por trás da meia-parede que serve para ocultar a latrina, no fundo da cela. A torneira que fica próxima é quebrada, na tentativa de apagar o fogo. Apesar disso, nove presos morrem afixiados e outros dois em decorrência de queimaduras. Os corpos foram encontrados empilhados sobre a latrina. Por volta das 8h30, chegam 300 policiais e a briga é encerrada.
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