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15/07/2003
-
20h46
da Agência Folha, em Recife
Policiais da tropa de choque e da cavalaria entraram em confronto hoje com um grupo de perueiros, durante o terceiro protesto realizado neste ano em Recife (PE) contra a lei que regulamenta o transporte alternativo.
Bombas de efeito moral foram detonadas para dispersar os manifestantes, que bloqueavam a ponte Duarte Coelho, localizada no principal corredor de transporte do centro da cidade.
Os motoristas responderam arremessando pedras. A cavalaria avançou sobre o grupo, e o tumulto se generalizou. O comércio fechou, e o tráfego no local ficou interrompido por duas horas.
Os perueiros afirmam que policiais atiraram durante a ação. A PM, que mobilizou 700 homens na região metropolitana, nega. Pelo menos quatro pessoas se feriram na confusão, atingidas por pedradas, socos e cassetetes. Dois manifestantes foram detidos.
Alguns carros e fachadas de lojas foram danificados. A situação só se normalizou uma hora depois, com o restabelecimento do tráfego de veículos no local.
Manifestação
O confronto começou às 15h30, após uma passeata que reuniu cerca de mil perueiros, segundo avaliação da polícia. Parte do grupo decidiu ir ao palácio do governo para tentar uma negociação.
Outra parte, entretanto, preferiu interditar a ponte. Os manifestantes sentaram no asfalto, obrigando os motoristas de carros e ônibus a desviar os veículos para as ruas transversais.
Em pouco tempo o trânsito no local parou. Os perueiros afirmaram que só deixariam o local se o governo e a prefeitura atendessem suas reivindicações.
A categoria não aceita a redução do número de Kombis e vans em circulação na região metropolitana, de cerca de 2.000 para 252, a partir de setembro.
Também não aceita a decisão de impedir, desde segunda-feira, o acesso dos perueiros ao centro da cidade, sob pena de apreensão do veículo e multa de R$ 2.000.
A proibição, anunciada com dois dias de antecedência, surpreendeu a categoria, que já havia promovido duas manifestações semelhantes à de hoje contra a regulamentação da atividade.
Nesses protestos, que também resultaram em confrontos, os perueiros bloquearam ruas com seus próprios veículos. Hoje, sem acesso à região central, decidiram promover a passeata.
Líderes da categoria foram recebidos por representantes do governo e da prefeitura. Ficou decidido que uma nova reunião acontecerá na quinta-feira. Os perueiros prometeram uma trégua até o novo encontro.
O sistema de transporte coletivo, formado por 2.000 ônibus, transporta 1,5 milhão de pessoas por dia na região metropolitana.
As lotações que circulam em Recife, disse o presidente do SindKombi, Amauri Soares, transportam em média 250 mil pessoas no mesmo período. A EMTU (Empresa Metropolitana de Transporte Urbano) estima esse número em 200 mil.
Perueiros entram em confronto com a tropa de choque em Recife
FÁBIO GUIBUda Agência Folha, em Recife
Policiais da tropa de choque e da cavalaria entraram em confronto hoje com um grupo de perueiros, durante o terceiro protesto realizado neste ano em Recife (PE) contra a lei que regulamenta o transporte alternativo.
Bombas de efeito moral foram detonadas para dispersar os manifestantes, que bloqueavam a ponte Duarte Coelho, localizada no principal corredor de transporte do centro da cidade.
Os motoristas responderam arremessando pedras. A cavalaria avançou sobre o grupo, e o tumulto se generalizou. O comércio fechou, e o tráfego no local ficou interrompido por duas horas.
Os perueiros afirmam que policiais atiraram durante a ação. A PM, que mobilizou 700 homens na região metropolitana, nega. Pelo menos quatro pessoas se feriram na confusão, atingidas por pedradas, socos e cassetetes. Dois manifestantes foram detidos.
Alguns carros e fachadas de lojas foram danificados. A situação só se normalizou uma hora depois, com o restabelecimento do tráfego de veículos no local.
Manifestação
O confronto começou às 15h30, após uma passeata que reuniu cerca de mil perueiros, segundo avaliação da polícia. Parte do grupo decidiu ir ao palácio do governo para tentar uma negociação.
Outra parte, entretanto, preferiu interditar a ponte. Os manifestantes sentaram no asfalto, obrigando os motoristas de carros e ônibus a desviar os veículos para as ruas transversais.
Em pouco tempo o trânsito no local parou. Os perueiros afirmaram que só deixariam o local se o governo e a prefeitura atendessem suas reivindicações.
A categoria não aceita a redução do número de Kombis e vans em circulação na região metropolitana, de cerca de 2.000 para 252, a partir de setembro.
Também não aceita a decisão de impedir, desde segunda-feira, o acesso dos perueiros ao centro da cidade, sob pena de apreensão do veículo e multa de R$ 2.000.
A proibição, anunciada com dois dias de antecedência, surpreendeu a categoria, que já havia promovido duas manifestações semelhantes à de hoje contra a regulamentação da atividade.
Nesses protestos, que também resultaram em confrontos, os perueiros bloquearam ruas com seus próprios veículos. Hoje, sem acesso à região central, decidiram promover a passeata.
Líderes da categoria foram recebidos por representantes do governo e da prefeitura. Ficou decidido que uma nova reunião acontecerá na quinta-feira. Os perueiros prometeram uma trégua até o novo encontro.
O sistema de transporte coletivo, formado por 2.000 ônibus, transporta 1,5 milhão de pessoas por dia na região metropolitana.
As lotações que circulam em Recife, disse o presidente do SindKombi, Amauri Soares, transportam em média 250 mil pessoas no mesmo período. A EMTU (Empresa Metropolitana de Transporte Urbano) estima esse número em 200 mil.
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