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21/07/2003
-
20h53
da Agência Folha
A polícia prendeu, ontem, em Manaus, dez pessoas acusadas de participar de um esquema de venda de gabaritos para a prova do vestibular de medicina da Universidade do Estado do Amazonas. Dois deles são acusados de participar em esquemas de fraude também no Espírito Santo e no Rio.
Segundo a polícia, eles teriam confessado a participação na fraude na Escola de Medicina da Santa Casa do Espírito Santo, ocorrida na semana passada.
A mulher de um deles, também acusada de participação nas fraudes, está foragida. Ela estava inscrita na prova, mas não compareceu. A polícia estava acompanhando o vestibular por conta da divulgação de uma investigação da polícia capixaba sobre o envolvimento da candidata na fraude no Espírito Santo.
A Polícia Federal está participando do caso e hoje montou barreiras no aeroporto e nas estradas de Manaus para tentar prender a foragida.
Quatro advogados foram à delegacia para tratar da defesa dos acusados, mas a Agência Folha não conseguiu falar com eles.
Os outros oito presos são estudantes, que estavam realizando a prova e teriam comprado o gabarito. Cada um pagou para os organizadores da fraude cerca de R$ 15 mil, segundo a polícia.
O delegado Frederico Marinho Mendes, responsável pelo caso, afirmou que o chefe da suposta quadrilha, que portava uma carteira de identidade falsa, foi preso em um hotel no centro de Manaus, de onde controlaria a transmissão do gabarito aos candidatos. Com os estudantes foram apreendidos telefones celulares e chips camuflados em borrachas.
Segundo Mendes, um candidato inscrito transmitiria as questões para uma central, que resolveria as questões e passaria os resultados aos candidatos fraudadores por meio dos chips.
Os estudantes presos afirmaram, segundo o delegado, que foram orientados a ficar calmos porque as transmissões começariam depois de três horas do início da prova. O nervosismo de uma das candidatas foi percebido por um fiscal, disse a polícia. O suposto candidato que enviaria os dados não foi identificado.
Para a polícia do Espírito Santo, a fraude seria diferente: a mulher do chefe da suposta quadrilha faria a prova no tempo mínimo, sairia do local com o gabarito pronto e transmitiria os resultados para os candidatos.
Polícia prende em Manaus acusados de fraudar prova em vestibular
RÔMULO NEVESda Agência Folha
A polícia prendeu, ontem, em Manaus, dez pessoas acusadas de participar de um esquema de venda de gabaritos para a prova do vestibular de medicina da Universidade do Estado do Amazonas. Dois deles são acusados de participar em esquemas de fraude também no Espírito Santo e no Rio.
Segundo a polícia, eles teriam confessado a participação na fraude na Escola de Medicina da Santa Casa do Espírito Santo, ocorrida na semana passada.
A mulher de um deles, também acusada de participação nas fraudes, está foragida. Ela estava inscrita na prova, mas não compareceu. A polícia estava acompanhando o vestibular por conta da divulgação de uma investigação da polícia capixaba sobre o envolvimento da candidata na fraude no Espírito Santo.
A Polícia Federal está participando do caso e hoje montou barreiras no aeroporto e nas estradas de Manaus para tentar prender a foragida.
Quatro advogados foram à delegacia para tratar da defesa dos acusados, mas a Agência Folha não conseguiu falar com eles.
Os outros oito presos são estudantes, que estavam realizando a prova e teriam comprado o gabarito. Cada um pagou para os organizadores da fraude cerca de R$ 15 mil, segundo a polícia.
O delegado Frederico Marinho Mendes, responsável pelo caso, afirmou que o chefe da suposta quadrilha, que portava uma carteira de identidade falsa, foi preso em um hotel no centro de Manaus, de onde controlaria a transmissão do gabarito aos candidatos. Com os estudantes foram apreendidos telefones celulares e chips camuflados em borrachas.
Segundo Mendes, um candidato inscrito transmitiria as questões para uma central, que resolveria as questões e passaria os resultados aos candidatos fraudadores por meio dos chips.
Os estudantes presos afirmaram, segundo o delegado, que foram orientados a ficar calmos porque as transmissões começariam depois de três horas do início da prova. O nervosismo de uma das candidatas foi percebido por um fiscal, disse a polícia. O suposto candidato que enviaria os dados não foi identificado.
Para a polícia do Espírito Santo, a fraude seria diferente: a mulher do chefe da suposta quadrilha faria a prova no tempo mínimo, sairia do local com o gabarito pronto e transmitiria os resultados para os candidatos.
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