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23/07/2003 - 17h59

Promotores vão investigar assassinato de repórter no ABC

da Folha Online

O Ministério Público Estadual já designou dois promotores para acompanharem o caso do assassinado do repórter-fotográfico da revista "Época", Luiz Antônio da Costa, que estava em frente ao terreno da Volkswagen, em São Bernardo do Campo, invadido por sem-teto.

Fábio Rodrigues Gular, 18º promotor de Justiça do Juri de São Bernardo, e Nelson dos Santos Pereira Jr., 7º promotor, foram até o local para obter mais informações sobre como ocorreu a morte de Costa.

O repórter-fotográfico teria levado um tiro no peito quando ele e outros três profissionais de outros órgãos de imprensa conversavam com duas lideranças do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), responsável pela invasão.

Costa foi socorrido ao pronto-socorro do Hospital Municipal de São Bernardo, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

Ainda não se tem informações sobre o autor do disparo, que está foragido, nem qual o motivo do crime.

Reintegração

A reintegração de posse do terreno da Volkswagen, em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, foi concedida na noite de ontem pela juíza da 4ª Vara Civil da cidade, Maria de Fátima dos Santos Gomes. O local é ocupado por mais de 3.000 famílias.

No início, a invasão foi feita por cerca de 300 famílias. O acampamento começou a crescer quando carros de som teriam passado pelas ruas e vielas da região --há algumas favelas próximas ao terreno-- informando que a área havia sido invadida e chamando quem não tivesse moradia a comparecer.

Acampamento

O terreno é todo de terra e fica na frente da fábrica da Volkswagen, na avenida Dr. José Fornari, 1.400, bairro Ferrazópolis. Segundo Camila Alves, da coordenação estadual do MTST, o terreno foi concedido pelo governo do Estado à Volkswagen e a empresa teria comercializado a área irregularmente.

Lá funcionou de 1981 a 1990 uma fábrica de caminhões da Volks. Segundo a empresa, os prédios foram destruídos há cerca de dois anos, e a prefeitura recebeu uma parte do terreno, onde hoje existe um piscinão.

O acampamento foi batizado de Santo Dias, uma homenagem ao metalúrgico que foi morto pela polícia durante uma greve em 1979 e que se tornou símbolo do movimento operário na época.

No terreno há apenas uma construção de alvenaria, onde foi instalada a cozinha comunitária. As famílias montaram barracas com madeiras e lonas. Não há nenhum tipo de infra-estrutura.
 

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