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29/07/2003 - 12h53

Marcinho VP teria sido ameaçado por traficante do Comando Vermelho

da Folha Online

A polícia do Rio investiga o possível envolvimento de traficantes no assassinado de Márcio Amaro de Oliveira, 33, o Marcinho VP. Ele morreu asfixiado na tarde de ontem no presídio Bangu 3, zona oeste do Rio. Seu corpo foi encontrado em uma lixeira.

Marcinho VP teria recebido um telegrama do traficante Márcio dos Santos Nepomuceno, também conhecido como Marcinho VP, preso em Bangu 1. No bilhete está escrito "Cala a boca, senão você vai pra vala. Você tá querendo aparecer demais".

A polícia avalia se o bilhete refere-se ao fato de o traficante assassinado ter dado depoimentos ao jornalista Caco Barcellos, sobre o morro Dona Marta, na zona sul, onde liderava o tráfico de drogas. Os relatos resultaram no livro "Abusado", lançado este ano.



Folha Imagem
Traficante Marcinho VP, assassinado em Bangu
Tanto Marcinho VP quanto Nepomuceno pertencem à facção Comando Vermelho. O criminoso assassinado liderava o tráfico no morro Dona Marta. Já Nepomuceno liderava o tráfico no complexo do Alemão, zona norte, e é apontado pela polícia como principal chefe do Comando Vermelho.

Outro suspeito de ligação com o crime é o preso Ronaldo Pinto Lima e Silva, o Ronaldinho do Tabajara (favela em Copacabana, zona sul), que estava na mesma cela de Marcinho VP. Os dois são rivais desde a década de 80.

Hoje, a polícia reforçou o policiamento na favela Dona Marta. No entanto, não houve nenhuma manifestação de moradores por causa do assassinato.

O corpo de Marcinho VP será enterrado às 17h no cemitério São João Batista, na zona sul.

Divulgação

Michael Jackson grava em favela do morro Dona Marta

Videoclipe

Marcinho VP se tornou conhecido em 1996, quando o cineasta norte-americano Spike Lee negociou com ele a filmagem de um videoclipe do cantor Michael Jackson na favela.

O traficante também causou polêmica quando descobriu-se que o cineasta João Moreira Salles havia pago mesada para ele, então foragido, escrevesse um livro, em fevereiro de 2000.

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