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29/07/2003
-
21h58
Cerca de 200 pessoas acompanharam o enterro do traficante Márcio Amaro de Oliveira, 33, o Marcinho VP, no Rio. Parentes e amigos cantaram músicas evangélicas. Ele foi enterrado sob uma salva de palmas.
Segundo a administração do cemitério, a gaveta onde o traficante foi enterrado e o aluguel da capela custaram R$ 186. O traficante foi morto por asfixia no presídio Bangu 3, zona oeste da cidade.
Cerca de 30 policiais do 2º BPM (Batalhão de Polícia Militar) reforçaram o policiamento ao redor do cemitério. Policiais à paisana misturaram-se ao cortejo.
A mãe do traficante, Josefa Amaro Silva de Oliveira, 55, e as irmãs Gilmara e Giselle Amaro de Oliveira não quiseram dar entrevistas.
Parentes e amigos do traficante tentaram expulsar os jornalistas do saguão em frente à capela. O velório foi feito a portas fechadas.
Um amigo de infância de Marcinho VP, que não se identificou, disse acreditar que ele morreu por causa da publicação do livro "Abusado", de Caco Barcellos, que teve o traficante como fonte. Segundo ele, a repercussão da obra foi muito ruim entre os traficantes.
Barcellos não foi localizado hoje pela Folha, que deixou recados em seu celular e na sede da TV Globo em Londres, onde ele trabalha. O jornalista não respondeu aos e-mails enviados.
Velório
O documentarista João Moreira Salles esteve à tarde no cemitério São João Batista, em Botafogo, zona sul, onde também ocorreu o velório do traficante. Ele ficou 30 minutos no local e foi embora sem dar entrevistas. Disse apenas que foi prestar solidariedade à mãe e às irmãs do criminoso. O documentarista deixou o cemitério antes do enterro.
Em 2000, Moreira Salles procurou o então coordenador de Segurança do governo do Estado do Rio, Luiz Eduardo Soares, hoje secretário nacional de Segurança Pública, para dizer que dava uma mesada de R$ 1.200 a Marcinho VP, que estaria escrevendo um livro e tinha se regenerado. Na crise decorrente da revelação, Soares acabou exonerado pelo governador Anthony Garotinho.
Moreira Salles e o traficante se conheceram em 1995, durante as gravações do documentário "Notícias de uma Guerra Particular", produzido no morro Dona Marta.
Morro
No Dona Marta, o dia foi calmo. Não houve manifestações nem homenagens póstumas. O comércio funcionou normalmente.
O líder comunitário Itamar Silva, que esteve no enterro, disse que os moradores respeitavam Marcinho VP.
Especial
Veja mais sobre o tráfico no Rio
Enterro de Marcinho VP é acompanhado por cerca de 200 pessoas
da Folha de S.Paulo, no RioCerca de 200 pessoas acompanharam o enterro do traficante Márcio Amaro de Oliveira, 33, o Marcinho VP, no Rio. Parentes e amigos cantaram músicas evangélicas. Ele foi enterrado sob uma salva de palmas.
Segundo a administração do cemitério, a gaveta onde o traficante foi enterrado e o aluguel da capela custaram R$ 186. O traficante foi morto por asfixia no presídio Bangu 3, zona oeste da cidade.
Cerca de 30 policiais do 2º BPM (Batalhão de Polícia Militar) reforçaram o policiamento ao redor do cemitério. Policiais à paisana misturaram-se ao cortejo.
A mãe do traficante, Josefa Amaro Silva de Oliveira, 55, e as irmãs Gilmara e Giselle Amaro de Oliveira não quiseram dar entrevistas.
Parentes e amigos do traficante tentaram expulsar os jornalistas do saguão em frente à capela. O velório foi feito a portas fechadas.
Um amigo de infância de Marcinho VP, que não se identificou, disse acreditar que ele morreu por causa da publicação do livro "Abusado", de Caco Barcellos, que teve o traficante como fonte. Segundo ele, a repercussão da obra foi muito ruim entre os traficantes.
Barcellos não foi localizado hoje pela Folha, que deixou recados em seu celular e na sede da TV Globo em Londres, onde ele trabalha. O jornalista não respondeu aos e-mails enviados.
Velório
O documentarista João Moreira Salles esteve à tarde no cemitério São João Batista, em Botafogo, zona sul, onde também ocorreu o velório do traficante. Ele ficou 30 minutos no local e foi embora sem dar entrevistas. Disse apenas que foi prestar solidariedade à mãe e às irmãs do criminoso. O documentarista deixou o cemitério antes do enterro.
Em 2000, Moreira Salles procurou o então coordenador de Segurança do governo do Estado do Rio, Luiz Eduardo Soares, hoje secretário nacional de Segurança Pública, para dizer que dava uma mesada de R$ 1.200 a Marcinho VP, que estaria escrevendo um livro e tinha se regenerado. Na crise decorrente da revelação, Soares acabou exonerado pelo governador Anthony Garotinho.
Moreira Salles e o traficante se conheceram em 1995, durante as gravações do documentário "Notícias de uma Guerra Particular", produzido no morro Dona Marta.
Morro
No Dona Marta, o dia foi calmo. Não houve manifestações nem homenagens póstumas. O comércio funcionou normalmente.
O líder comunitário Itamar Silva, que esteve no enterro, disse que os moradores respeitavam Marcinho VP.
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