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31/07/2003
-
21h30
da Agência Folha, em Curitiba
JOSÉ EDUARDO RONDON
da Agência Folha
Policiais da Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas prenderam ontem em Curitiba (PR) o técnico em informática José Augusto Fernandes, 20, sócio da Security Network, empresa especializada em evitar violações a sites de comércio eletrônico. Ele é acusado de ter roubado dados de cerca de 2.000 cartões de crédito de consumidores dos Estados Unidos, França, Bélgica e Indonésia.
As informações eram obtidas após invasões a sites estrangeiros do gênero. Com o número dos cartões, o técnico fazia compras pela internet. A polícia suspeita que as transações pela rede mundial de computadores eram feitas há mais de um ano.
De acordo com o delegado Agenor Salgado Filho, o hacker (pessoa especializada em invadir sites da internet) foi preso em flagrante logo depois de adquirir dois videogames. Quando foi pego, Fernandes também se preparava para negociar a compra de 12 notebooks avaliados em R$ 70 mil.
A polícia ainda investiga outros dois sócios da empresa, localizada no edifício comercial mais luxuoso de Curitiba. Um deles se apresentou na tarde de hoje e sua participação ainda é checada.
O outro, que está no exterior, informou que se apresenta na próxima segunda-feira. A empresa ocupava um andar inteiro do prédio, com mais de 500 metros quadrados de área.
A polícia suspeita que os crimes sustentavam toda a estrutura. Fernandes foi autuado por estelionato e formação de quadrilha. Se condenado, pode cumprir até oito anos de cadeia pela soma dos dois crimes.
Para rastrear as compras, a equipe de Salgado Filho contou com a ajuda de outros técnicos em informática especializados em segurança de rede e das empresas de cartões de crédito. O delegado disse apenas que recebeu "uma denúncia" sobre o envolvimento da empresa de Curitiba.
"Como também era especializado em segurança de rede, ele [Fernandes] sabia invadir sites de comércio eletrônico e ia direto para o banco de dados, onde estavam as informações sobre os cartões de crédito." O delegado disse que "40 golpes já estavam confirmados".
Outro lado
Em depoimento ao delegado Agenor Salgado Filho, José Fernandes admitiu que aplicava golpes pela internet com números de cartões de crédito internacionais.
Segundo o delegado, o empresário alegou que cometia os crimes porque estava em dificuldades financeiras. "Mesmo que isso seja verdade, a alegação não pode ser levada em conta. Pelo que tinham [de equipamentos] no edifício, já faziam isso há mais de um ano", afirmou o delegado.
Já à imprensa, Fernandes disse ter sido "induzido" a cometer os golpes por um ex-sócio, acusado por ele de ter acesso à lista com os dados de 2.000 titulares de cartões de crédito.
Fernandes está preso numa carceragem provisória da delegacia com outros dois presos, que também respondem a processos por estelionato envolvendo cheques sem fundo. Ele deverá ser transferido para o Centro de Triagem da Polícia Civil, que fica no mesmo complexo onde está a Delegacia de Estelionato.
Hacker é preso sob acusação de roubar dados de cartões de crédito
DIMITRI DO VALLEda Agência Folha, em Curitiba
JOSÉ EDUARDO RONDON
da Agência Folha
Policiais da Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas prenderam ontem em Curitiba (PR) o técnico em informática José Augusto Fernandes, 20, sócio da Security Network, empresa especializada em evitar violações a sites de comércio eletrônico. Ele é acusado de ter roubado dados de cerca de 2.000 cartões de crédito de consumidores dos Estados Unidos, França, Bélgica e Indonésia.
As informações eram obtidas após invasões a sites estrangeiros do gênero. Com o número dos cartões, o técnico fazia compras pela internet. A polícia suspeita que as transações pela rede mundial de computadores eram feitas há mais de um ano.
De acordo com o delegado Agenor Salgado Filho, o hacker (pessoa especializada em invadir sites da internet) foi preso em flagrante logo depois de adquirir dois videogames. Quando foi pego, Fernandes também se preparava para negociar a compra de 12 notebooks avaliados em R$ 70 mil.
A polícia ainda investiga outros dois sócios da empresa, localizada no edifício comercial mais luxuoso de Curitiba. Um deles se apresentou na tarde de hoje e sua participação ainda é checada.
O outro, que está no exterior, informou que se apresenta na próxima segunda-feira. A empresa ocupava um andar inteiro do prédio, com mais de 500 metros quadrados de área.
A polícia suspeita que os crimes sustentavam toda a estrutura. Fernandes foi autuado por estelionato e formação de quadrilha. Se condenado, pode cumprir até oito anos de cadeia pela soma dos dois crimes.
Para rastrear as compras, a equipe de Salgado Filho contou com a ajuda de outros técnicos em informática especializados em segurança de rede e das empresas de cartões de crédito. O delegado disse apenas que recebeu "uma denúncia" sobre o envolvimento da empresa de Curitiba.
"Como também era especializado em segurança de rede, ele [Fernandes] sabia invadir sites de comércio eletrônico e ia direto para o banco de dados, onde estavam as informações sobre os cartões de crédito." O delegado disse que "40 golpes já estavam confirmados".
Outro lado
Em depoimento ao delegado Agenor Salgado Filho, José Fernandes admitiu que aplicava golpes pela internet com números de cartões de crédito internacionais.
Segundo o delegado, o empresário alegou que cometia os crimes porque estava em dificuldades financeiras. "Mesmo que isso seja verdade, a alegação não pode ser levada em conta. Pelo que tinham [de equipamentos] no edifício, já faziam isso há mais de um ano", afirmou o delegado.
Já à imprensa, Fernandes disse ter sido "induzido" a cometer os golpes por um ex-sócio, acusado por ele de ter acesso à lista com os dados de 2.000 titulares de cartões de crédito.
Fernandes está preso numa carceragem provisória da delegacia com outros dois presos, que também respondem a processos por estelionato envolvendo cheques sem fundo. Ele deverá ser transferido para o Centro de Triagem da Polícia Civil, que fica no mesmo complexo onde está a Delegacia de Estelionato.
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