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18/08/2000 - 18h54

Lista de passageiros do avião sequestrado no PR tinha 5 nomes falsos

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JOSÉ MASCHIO
da Agência Folha, em Londrina

A Polícia Federal afirmou hoje que a lista oficial de passageiros do Boeing da Vasp sequestrado na tarde de quarta-feira no Paraná tinha cinco nomes falsos entre as 61 pessoas que embarcaram no aparelho.

A informação é da chefe da Divisão de Comunicação Social em Brasília, Viviane da Rosa.

No Paraná, o Instituto de Criminalística de Londrina anunciou hoje que recolheu três fragmentos de impressão papilar (impressão de partes da mão) que seriam dos assaltantes que levaram R$ 5 milhões do aparelho.

O avião, um Boeing 737-200 que fazia a rota Foz do Iguaçu-Curitiba-Rio-Brasília-São Luís, foi desviado para Porecatu (norte do Paraná) por cinco homens encapuzados. Depois de abandonado pelos assaltantes, que fugiram em uma Ford Ranger com o dinheiro, o avião seguiu para Londrina, onde os 61 passageiros e 6 tripulantes desembarcaram.

O perito criminal Marco Antônio Ota, 33, disse que os fragmentos foram recolhidos de um copo plástico, de uma garrafa de energético e de uma revista de bordo. Os objetos, de acordo com os tripulantes do Boeing da Vasp, teriam sido manuseados por três dos assaltantes.

Ota disse que não poderia afirmar, por estar ainda em trabalho de identificação, se os fragmentos seriam "de partes de uma mesma pessoa ou de pessoas diferentes".

O perito disse que esses fragmentos já poderiam ser confrontados com impressões de suspeitos, para fins de identificação. Hoje, 13 peritos do Instituto de Criminalística de Londrina trabalhavam na picape Ranger, encontrada ontem na cidade de Centenário do Sul.

O veículo foi comprado do despachante Nelson Pinto Dias, de Paranavaí (noroeste do PR), por R$ 15 mil. Dias informou à Polícia Civil de Porecatu que o comprador foi um homem "falante e que aparentava ser honesto". O pagamento a Dias foi feito em dinheiro.

A nota da PF informa também que pediu à Divisão da Polícia Federal em Roraima investigações no sentido de descobrir a possibilidade de uma "fuga temporária" do piloto Uel Leite de Souza, preso na Colônia Agrícola Monte Cristo. A prisão passa por uma rebelião.

O pedido foi em razão de Uel ter sido reconhecido, por meio de fotos, por testemunhas no embarque dos passageiros em Foz.

Souza pertence à quadrilha de Marcelo Moacir Borelli, identificado pela comissária de vôo Vitória Regina Andrade de Simas, como um dos homens que embarcaram em Foz e não desceram em Londrina.

Até hoje as principais suspeitas da PF ainda recaíam sobre a quadrilha de Borelli. Com atuação no norte do Paraná e interior de São Paulo, a quadrilha é especializada em assaltos a empresas de transporte de valores.

Em Foz, a PF ainda não divulgou nenhuma pista sobre como as pistolas portadas pelos ladrões embarcaram no avião. Há hipótese de conivência de funcionários e de que o Boeing já ter chegado com as armas escondidas de outro aeroporto.

O superintendente da Infraero, Sérgio Luiz Canez, disse que o aeroporto de Foz passou por uma avaliação ''de rotina'' em seus sistemas de segurança.

Além de ouvir alguns funcionários de empresas que prestam serviços no aeroporto da cidade, a PF interrogou três seguranças, um taxista e dois motoristas vítimas que foram assaltados por uma quadrilha na véspera do seqüestro do Boeing.

Os seis foram convocados para fazer reconhecimento dos retratos falados fornecidos pela PF de Londrina _há a suspeita de correlação entre os crimes.

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