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05/08/2003 - 19h36

Associação oferecerá recompensa por assassino de PM

MARIO HUGO MONKEN
da Folha de S.Paulo, no Rio

O sargento da Polícia Militar Júlio César Fialho morreu na madrugada de hoje depois de ter sido baleado na cabeça, no final da noite desta segunda-feira, na avenida Martin Luther King, antiga Automóvel Clube, nas proximidades do complexo de favelas de Acari (zona norte do Rio).

O presidente da Associação dos Ativos, Inativos e Pensionistas da Polícia Militar, Miguel Cordeiro, disse que vai oferecer uma recompensa de R$ 10 mil para quem prender os assassinos de Fialho.

Segundo a PM, Fialho, que era lotado no BPVE (Batalhão de Policiamento em Vias Especiais), participava de um patrulhamento de rotina na avenida juntamente com mais dois policiais. Por volta das 23h, os PMs foram surpreendidos por um comboio de traficantes armados, que fizeram vários disparos.

Atingido na cabeça, Fialho ainda foi levado para o hospital Getúlio Vargas (Penha, zona norte), onde morreu. O soldado Leandro da Silva Haldar foi ferido de raspão na cabeça e Strauss Lorenceine da Silva, também soldado, foi atingido na panturrilha. Os dois estão internados no hospital Central da PM, mas não correm risco de morte. Os assassinos conseguiram fugir.

"Segurança e Paz"

O patrulhamento não fazia parte da operação "Segurança e Paz", deflagrada na última sexta-feira pela Secretaria Estadual de Segurança com o objetivo de impedir a entrada de drogas e armas em 21 favelas do Rio, que ficarão cercadas por 1.324 policiais civis e militares.

Apesar de ser considerada uma das avenidas mais perigosas da cidade e rodeada de favelas, como o morro do Juramento e o próprio complexo de Acari, a Martin Luther King ficou de fora da primeira etapa da "Segurança e Paz".

O policial foi enterrado à tarde no cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap (zona oeste). Ele, que trabalhava em Angra dos Reis (cidade a 150 km do Rio), estava havia pouco mais de um mês no Rio. Fialho foi o terceiro PM a ser assassinado no Estado em menos de uma semana e o 109º desde o início do ano.

No final da noite de sábado, o soldado Luiz Flávio Lopes da Silva, 31, também do BPVE, foi morto com um tiro na cabeça na avenida Brasil, em Campo Grande (zona oeste), próximo à favela da Carobinha, outra comunidade que não está cercada pela polícia. Assim como Fialho, ele fazia um patrulhamento de rotina quando foi atacado por traficantes.
 

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