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18/08/2000
-
20h54
SABRINA PETRY
SERGIO TORRES, da Folha de S.Paulo, no Rio
Com base no laudo do IML (Instituto Médico Legal), divulgado no início da tarde de hoje, o secretário estadual de Segurança Pública, coronel Josias Quintal, ofereceu uma recompensa de R$ 10 mil a quem der informações sobre o assassino de Gabriel Barros dos Santos. De acordo com a polícia, o tiro que atingiu o menino foi disparado por traficantes do morro de São Carlos.
O laudo do IML revela que o disparo foi feito de uma pistola, cujo calibre ainda está sendo avaliado, de cima para baixo, e a uma distância de aproximadamente 30 centímetros. Pelo resultado, está descartada a hipótese, segundo a secretaria, de o tiro ter partido do posto de policiamento atrás do complexo penitenciário Frei Caneca, vizinho ao morro.
Ainda conforme informações da Secretaria de Segurança, os seis policiais militares que estavam no posto no momento em que o menino foi baleado portavam oito fuzis e seis revólveres. A guarita fica a cerca de 40 m abaixo do local onde a criança foi atingida, próximo a uma quadra de futebol.
"Não havia nenhuma pistola com os policiais. Além disso, o tiro foi dado praticamente à queima-roupa, não poderia ter sido disparado por eles. A bala partiu dos traficantes do morro", afirmou o coronel Lenine de Freitas, subsecretário estadual de Segurança.
Ontem, os dois sargentos e quatro soldados que estavam no posto foram levados para prestar depoimento e tiveram as armas apreendidas para perícia. De acordo com o subsecretário, eles voltarão a trabalhar normalmente em seus turnos.
"Se houvesse algum indício de culpa, eles certamente seriam presos", completou.
Hoje, policiais militares que ocupam a favela desde o protesto no morro distribuíram panfletos aos moradores, onde se lia: "Exames periciais comprovaram que bandidos covardes assassinaram o menino Gabriel.
Precisamos prendê-los. Denuncie o assassino. Recompensa de R$ 10 mil a quem der informações que levem à prisão do criminoso."
O coronel Josias Quintal disse que "toda manifestação desordeira como a de ontem será reprimida. Não vamos permitir a depredação de bens públicos ou privados. Seremos inflexíveis".
Leia também:
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16h07 Invasão de destacamento da PM (RJ) preocupa autoridades federais, diz Garotinho
15h31 Polícia ainda não identificou bandidos fardados que invadiram posto policial (RJ)
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Secretaria oferece R$ 10 mil para quem der pistas sobre assassino de garoto no Rio
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SERGIO TORRES, da Folha de S.Paulo, no Rio
Com base no laudo do IML (Instituto Médico Legal), divulgado no início da tarde de hoje, o secretário estadual de Segurança Pública, coronel Josias Quintal, ofereceu uma recompensa de R$ 10 mil a quem der informações sobre o assassino de Gabriel Barros dos Santos. De acordo com a polícia, o tiro que atingiu o menino foi disparado por traficantes do morro de São Carlos.
O laudo do IML revela que o disparo foi feito de uma pistola, cujo calibre ainda está sendo avaliado, de cima para baixo, e a uma distância de aproximadamente 30 centímetros. Pelo resultado, está descartada a hipótese, segundo a secretaria, de o tiro ter partido do posto de policiamento atrás do complexo penitenciário Frei Caneca, vizinho ao morro.
Ainda conforme informações da Secretaria de Segurança, os seis policiais militares que estavam no posto no momento em que o menino foi baleado portavam oito fuzis e seis revólveres. A guarita fica a cerca de 40 m abaixo do local onde a criança foi atingida, próximo a uma quadra de futebol.
"Não havia nenhuma pistola com os policiais. Além disso, o tiro foi dado praticamente à queima-roupa, não poderia ter sido disparado por eles. A bala partiu dos traficantes do morro", afirmou o coronel Lenine de Freitas, subsecretário estadual de Segurança.
Ontem, os dois sargentos e quatro soldados que estavam no posto foram levados para prestar depoimento e tiveram as armas apreendidas para perícia. De acordo com o subsecretário, eles voltarão a trabalhar normalmente em seus turnos.
"Se houvesse algum indício de culpa, eles certamente seriam presos", completou.
Hoje, policiais militares que ocupam a favela desde o protesto no morro distribuíram panfletos aos moradores, onde se lia: "Exames periciais comprovaram que bandidos covardes assassinaram o menino Gabriel.
Precisamos prendê-los. Denuncie o assassino. Recompensa de R$ 10 mil a quem der informações que levem à prisão do criminoso."
O coronel Josias Quintal disse que "toda manifestação desordeira como a de ontem será reprimida. Não vamos permitir a depredação de bens públicos ou privados. Seremos inflexíveis".
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