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07/08/2003
-
23h09
da Agência Folha, em Belo Horizonte
Laudo concluído pelas unidades do Corpo de Bombeiros em 16 cidades históricas de Minas Gerais constatou que 13 bens imóveis, sendo cinco igrejas dos séculos 18 e 19, estão na iminência de desabamento de parte das construções.
Todos os bens são tombados, seja pelo Iphan (Instituto Nacional do Patrimônio Histórico e Artístico), pelo Iepha (Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais) ou pelas prefeituras.
O laudo será entregue ao Ministério Público, segundo o capitão Rogério Ribeiro, da diretoria de Atividades Técnicas do Corpo de Bombeiros, que compilou os relatórios.
Entre as igrejas ameaçadas estão duas de Sabará: a capela de Santa Efigênia e a igreja Nossa Senhora da Conceição. A última está interditada pelo Ministério Público Estadual desde o início do mês passado. Os bombeiros constataram que parte do teto da igreja pode desabar.
Também estão ameaçadas as igrejas Bom Jesus da Pobreza, em Tiradentes, a igreja Nossa Senhora do Rosário, em Caeté, e a de São Gonçalo, em Minas Novas.
Os órgãos técnicos governamentais sabem dos problemas mas enfrentam dificuldades financeiras para resolvê-los. Na página no Iepha, por exemplo, consta o risco de desabamento da igreja em Minas Novas desde fevereiro de 2000.
O Iphan, desde o mês passado, está com técnicos fazendo trabalhos de emergência nas igrejas de Sabará.
Os outros oito imóveis ameaçados de ruírem são casarões e sobrados em Itamarandiba, Minas Novas, Tiradentes, Santa Bárbara e no centro histórico de Santa Rita Durão, distrito de Mariana. Um abriga o museu do Ouro, em Sabará, e outro a biblioteca pública de Nova Lima. Esses imóveis pertencem às prefeituras e a particulares.
Os bombeiros vistoriaram 163 imóveis. Desse total, 82 não tinham nenhum equipamento de prevenção a incêndio. Em 13 imóveis a instalação elétrica foi considerada "péssima". Em outros 27, "ruim".
A situação da conservação do patrimônio histórico de Minas Gerais levou o Ministério Público a criar o Grupo Especial de Promotorias de Justiça das Cidades Históricas de Minas Gerais, que começou a funcionar na segunda-feira. Envolve 20 promotores de 23 cidades históricas.
O coordenador do grupo, procurador Jarbas Soares Júnior, disse que o objetivo será buscar a integração dos órgãos públicos e das comunidades para definir ações de conservação e recuperação.
Laudo aponta risco de desabamento em 13 imóveis de MG
PAULO PEIXOTOda Agência Folha, em Belo Horizonte
Laudo concluído pelas unidades do Corpo de Bombeiros em 16 cidades históricas de Minas Gerais constatou que 13 bens imóveis, sendo cinco igrejas dos séculos 18 e 19, estão na iminência de desabamento de parte das construções.
Todos os bens são tombados, seja pelo Iphan (Instituto Nacional do Patrimônio Histórico e Artístico), pelo Iepha (Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais) ou pelas prefeituras.
O laudo será entregue ao Ministério Público, segundo o capitão Rogério Ribeiro, da diretoria de Atividades Técnicas do Corpo de Bombeiros, que compilou os relatórios.
Entre as igrejas ameaçadas estão duas de Sabará: a capela de Santa Efigênia e a igreja Nossa Senhora da Conceição. A última está interditada pelo Ministério Público Estadual desde o início do mês passado. Os bombeiros constataram que parte do teto da igreja pode desabar.
Também estão ameaçadas as igrejas Bom Jesus da Pobreza, em Tiradentes, a igreja Nossa Senhora do Rosário, em Caeté, e a de São Gonçalo, em Minas Novas.
Os órgãos técnicos governamentais sabem dos problemas mas enfrentam dificuldades financeiras para resolvê-los. Na página no Iepha, por exemplo, consta o risco de desabamento da igreja em Minas Novas desde fevereiro de 2000.
O Iphan, desde o mês passado, está com técnicos fazendo trabalhos de emergência nas igrejas de Sabará.
Os outros oito imóveis ameaçados de ruírem são casarões e sobrados em Itamarandiba, Minas Novas, Tiradentes, Santa Bárbara e no centro histórico de Santa Rita Durão, distrito de Mariana. Um abriga o museu do Ouro, em Sabará, e outro a biblioteca pública de Nova Lima. Esses imóveis pertencem às prefeituras e a particulares.
Os bombeiros vistoriaram 163 imóveis. Desse total, 82 não tinham nenhum equipamento de prevenção a incêndio. Em 13 imóveis a instalação elétrica foi considerada "péssima". Em outros 27, "ruim".
A situação da conservação do patrimônio histórico de Minas Gerais levou o Ministério Público a criar o Grupo Especial de Promotorias de Justiça das Cidades Históricas de Minas Gerais, que começou a funcionar na segunda-feira. Envolve 20 promotores de 23 cidades históricas.
O coordenador do grupo, procurador Jarbas Soares Júnior, disse que o objetivo será buscar a integração dos órgãos públicos e das comunidades para definir ações de conservação e recuperação.
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