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19/08/2000 - 00h01

Em vídeo, brasileira morta nos EUA mandou recado para a família no Brasil

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da Folha Online

Um vídeo gravado há cerca de três anos atrás, divulgado hoje pelo Jornal da Globo, mostra a brasileira Patrícia Ramos Gallego, 29, que foi assassinada na Califórnia (EUA), mandando um recado para a família: "tô legal, tô feliz, não se preocupem; e não chorem."

De acordo com reportagem divulgada pelo jornal, a fita teria sido um presente de Patrícia para a família. Ela teria acabado de ser promovida para o cargo de gerente da lanchonete na qual trabalhava, o Cafe Chloè.

O suposto assassino, Calvin Parker, 31, já está preso. Ele dividia o apartamento com Patrícia. Segundo o pai da vítima, Rubens Gallego, 62, os dois não tinham qualquer relacionamento amoroso, e Patrícia nunca havia reclamado do rapaz.

Mutilação

Patrícia foi mutilada _teve nove dedos decepados. Seu corpo foi descoberto em uma lata de lixo, ao norte da cidade de Carlsbad.

Inicialmente, moradores de rua que reviravam sacos de lixo encontraram os dedos da brasileira.

Depois, em outro lugar, um conjunto habitacional em construção, duas mulheres acharam o cadáver em uma lata vedada com fita colante. Havia sinais de tortura e extrema violência sexual.

Junto ao corpo de Patrícia, foram encontradas várias evidências que incriminam o americano.

Patrícia foi atacada várias vezes com ferramentas de corte, provavelmente no próprio quarto. Depois, o assassino arrastou o corpo para a banheira, onde drenou todo o sangue.

O crime deve ter acontecido entre sexta e sábado da semana passada, no apartamento onde a vítima morava com Parker. No dia seguinte ao assassinato, ele chegou a alugar uma caminhonete para, de acordo com os investigadores, transportar o corpo.

Para a polícia, a mutilação não indica nenhum tipo de ritual, mas apenas a tentativa de que a morta não fosse identificada.

Ontem, diante do juiz David Szamowski, Parker alegou inocência. Por não ter dinheiro, ele está sendo defendido por um advogado que o Estado indicou.

Segundo Gayle Falkenthal, porta-voz da promotoria, o caso tem vários agravantes que tornam o acusado sujeito à pena de morte.

A acusação deve levar de três a seis meses para decidir se pedirá mesmo a execução. Em média, processos semelhantes, na Califórnia, demoram um a dois anos até o julgamento.

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