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09/08/2003
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00h54
Uma dívida com a facção criminosa PCC por causa de drogas levou Ronaldo Dias, 24, conhecido como Chocolate, a participar do assassinato do juiz-corregedor Antonio José Machado Dias, 47, de Presidente Prudente (565 km de SP), segundo a polícia. O crime ocorreu em 14 de março.
Chocolate foi preso nesta quinta-feira no túnel Maria Maluf (zona sul da capital paulista). Com a detenção do acusado, o primeiro a ter envolvimento direto no crime, a Polícia Civil confirmou que o PCC (Primeiro Comando da Capital) foi responsável pelo crime.
O assassinato foi uma retaliação ao juiz-corregedor. Era Dias quem analisava pedidos de benefícios de presos e fiscalizava o cumprimento de pena em sete penitenciárias da região, que abriga o CRP (Centro de Readaptação Penitenciária) de Presidente Bernardes (589 km a oeste de SP), que, por ser de segurança máxima, abriga líderes da facção criminosa. O magistrado era conhecido como uma pessoa dura em suas sentenças.
Dívida
Segundo o diretor do Deic (Departamento de Investigações Sobre o Crime Organizado), Godofredo Bittencourt, Chocolate afirmou, durante depoimento, que a ordem para o assassinato partiu dos líderes da facção que já estão presos, como Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, e Júlio César Guedes de Moraes, o Julinho Carambola, e de José Eduardo Moura da Silva, o Bandejão, assassinado em maio na penitenciária de Iaras (282 km de SP).
O acusado disse à polícia que havia pego cerca de dois quilos de cocaína com o PCC para revenda, mas não conseguiu pagar e teve a morte decretada. Segundo a Polícia Civil, para se redimir, ele participou do assassinato do juiz.
A ordem teria partido diretamente de Bandejão, um dos fundadores da organização criminosa. Ele foi assassinado no presídio, em suposta "queima de arquivo". Sua mulher também foi morta, vítima de uma emboscada, após visitá-lo .
Investigação
A polícia chegou até Chocolate, que já tinha um mandado de prisão decretado pela Justiça, após localizar sua mulher, em uma casa em Santos, litoral sul de São Paulo. Ele conseguiu fugir ao cerco no litoral, mas acabou sendo detido no trânsito da capital paulista, após perseguição.
Segundo a polícia, Chocolate e outros dois rapazes que estão foragidos --Adilson Daghia, o Ferrugem,e Reinaldo Teixeira dos Santos, o Funchal-- participaram do crime. Ferrugem seria o autor dos disparos.
O juiz foi assassinado a tiros pouco depois de deixar o fórum de Presidente Prudente. Seu carro foi interceptado por um Uno. Segundo a polícia, Chocolate estaria na direção do veículo.
Acusado de matar juiz tinha "dívida" com PCC, diz polícia
da Folha OnlineUma dívida com a facção criminosa PCC por causa de drogas levou Ronaldo Dias, 24, conhecido como Chocolate, a participar do assassinato do juiz-corregedor Antonio José Machado Dias, 47, de Presidente Prudente (565 km de SP), segundo a polícia. O crime ocorreu em 14 de março.
Chocolate foi preso nesta quinta-feira no túnel Maria Maluf (zona sul da capital paulista). Com a detenção do acusado, o primeiro a ter envolvimento direto no crime, a Polícia Civil confirmou que o PCC (Primeiro Comando da Capital) foi responsável pelo crime.
O assassinato foi uma retaliação ao juiz-corregedor. Era Dias quem analisava pedidos de benefícios de presos e fiscalizava o cumprimento de pena em sete penitenciárias da região, que abriga o CRP (Centro de Readaptação Penitenciária) de Presidente Bernardes (589 km a oeste de SP), que, por ser de segurança máxima, abriga líderes da facção criminosa. O magistrado era conhecido como uma pessoa dura em suas sentenças.
Dívida
Segundo o diretor do Deic (Departamento de Investigações Sobre o Crime Organizado), Godofredo Bittencourt, Chocolate afirmou, durante depoimento, que a ordem para o assassinato partiu dos líderes da facção que já estão presos, como Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, e Júlio César Guedes de Moraes, o Julinho Carambola, e de José Eduardo Moura da Silva, o Bandejão, assassinado em maio na penitenciária de Iaras (282 km de SP).
O acusado disse à polícia que havia pego cerca de dois quilos de cocaína com o PCC para revenda, mas não conseguiu pagar e teve a morte decretada. Segundo a Polícia Civil, para se redimir, ele participou do assassinato do juiz.
A ordem teria partido diretamente de Bandejão, um dos fundadores da organização criminosa. Ele foi assassinado no presídio, em suposta "queima de arquivo". Sua mulher também foi morta, vítima de uma emboscada, após visitá-lo .
Investigação
A polícia chegou até Chocolate, que já tinha um mandado de prisão decretado pela Justiça, após localizar sua mulher, em uma casa em Santos, litoral sul de São Paulo. Ele conseguiu fugir ao cerco no litoral, mas acabou sendo detido no trânsito da capital paulista, após perseguição.
Segundo a polícia, Chocolate e outros dois rapazes que estão foragidos --Adilson Daghia, o Ferrugem,e Reinaldo Teixeira dos Santos, o Funchal-- participaram do crime. Ferrugem seria o autor dos disparos.
O juiz foi assassinado a tiros pouco depois de deixar o fórum de Presidente Prudente. Seu carro foi interceptado por um Uno. Segundo a polícia, Chocolate estaria na direção do veículo.
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