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12/08/2003
-
23h33
da Agência Folha
A diminuição no nível de chuvas registrado desde abril vem provocando problemas no abastecimento de água em várias regiões de Santa Catarina. As áreas mais atingidas pela estiagem são a Grande Florianópolis e municípios do litoral norte do Estado.
Na capital, quatro bairros já sofrem com o desabastecimento. Nesses locais, a Casan (Companhia Catarinense de Águas e Abastecimento) interrompe a distribuição de água durante a noite.
No litoral norte do Estado --principalmente nos municípios de Itajaí e Navegantes--, a situação é crítica. Segundo a Casan de Itajaí, há dois dias não há distribuição de água. Pelo menos 200 mil pessoas estão sendo afetadas, de acordo com estimativas da Casan. Até mesmo os hospitais de Itajaí estão sem abastecimento de água.
O Hospital e Maternidade Marieta Konder Bornhausen, o maior da região de Itajaí, por exemplo, teve os serviços de lavanderia reduzidos. De acordo com a diretora-geral do hospital, irmã Nadir de Abreu, se persistir a situação, os 315 leitos da instituição não poderão continuar operando de forma contínua. O hospital atende pacientes de dez municípios da região.
A falta de água atinge também os moradores de Joinville. A tendência, de acordo com a Casan, caso persista a falta de chuvas, é que outras 17 cidades --a maioria na região serrana-- tenham o abastecimento reduzido.
Clima
Segundo o Climerh-SC (Centro Integrado de Meteorologia e Recursos Hídricos de Santa Catarina), a falta de chuvas se deve a uma massa de alta pressão no Centro-Sul do país que está fazendo com que as frentes frias (que deveriam provocar as chuvas de inverno na região) sejam desviadas para o mar na altura do litoral norte do Rio Grande do Sul.
O fenômeno agrava a situação desta época, quando o Sul e o Sudeste já têm os menores níveis de precipitações do ano. De acordo com os meteorologistas, as chuvas já estão 50% abaixo do esperado para os meses de agosto, setembro e outubro.
Lençol freático
Para agravar a situação de falta de água em Santa Catarina, nesta época do ano, os níveis do mar sobem. Isso faz com que o lençol freático de cidades litorâneas do Estado fique salobro e impróprio para o consumo. Os poços artesianos nas cidades e na zona rural não podem ser usados.
Segundo o secretário da Agricultura, Tarcízio Zanelato, a agricultura ainda não está enfrentando problemas porque o plantio ainda não começou.
No final de agosto, quando o preparo do solo tiver terminado, caso a seca persista, o problema poderá causar prejuízos no campo. Itajaí tem uma produção média de arroz irrigado que chega a mais de R$ 5 milhões por safra.
Estiagem prejudica abastecimento de água em Santa Catarina
TIAGO ORNAGHIda Agência Folha
A diminuição no nível de chuvas registrado desde abril vem provocando problemas no abastecimento de água em várias regiões de Santa Catarina. As áreas mais atingidas pela estiagem são a Grande Florianópolis e municípios do litoral norte do Estado.
Na capital, quatro bairros já sofrem com o desabastecimento. Nesses locais, a Casan (Companhia Catarinense de Águas e Abastecimento) interrompe a distribuição de água durante a noite.
No litoral norte do Estado --principalmente nos municípios de Itajaí e Navegantes--, a situação é crítica. Segundo a Casan de Itajaí, há dois dias não há distribuição de água. Pelo menos 200 mil pessoas estão sendo afetadas, de acordo com estimativas da Casan. Até mesmo os hospitais de Itajaí estão sem abastecimento de água.
O Hospital e Maternidade Marieta Konder Bornhausen, o maior da região de Itajaí, por exemplo, teve os serviços de lavanderia reduzidos. De acordo com a diretora-geral do hospital, irmã Nadir de Abreu, se persistir a situação, os 315 leitos da instituição não poderão continuar operando de forma contínua. O hospital atende pacientes de dez municípios da região.
A falta de água atinge também os moradores de Joinville. A tendência, de acordo com a Casan, caso persista a falta de chuvas, é que outras 17 cidades --a maioria na região serrana-- tenham o abastecimento reduzido.
Clima
Segundo o Climerh-SC (Centro Integrado de Meteorologia e Recursos Hídricos de Santa Catarina), a falta de chuvas se deve a uma massa de alta pressão no Centro-Sul do país que está fazendo com que as frentes frias (que deveriam provocar as chuvas de inverno na região) sejam desviadas para o mar na altura do litoral norte do Rio Grande do Sul.
O fenômeno agrava a situação desta época, quando o Sul e o Sudeste já têm os menores níveis de precipitações do ano. De acordo com os meteorologistas, as chuvas já estão 50% abaixo do esperado para os meses de agosto, setembro e outubro.
Lençol freático
Para agravar a situação de falta de água em Santa Catarina, nesta época do ano, os níveis do mar sobem. Isso faz com que o lençol freático de cidades litorâneas do Estado fique salobro e impróprio para o consumo. Os poços artesianos nas cidades e na zona rural não podem ser usados.
Segundo o secretário da Agricultura, Tarcízio Zanelato, a agricultura ainda não está enfrentando problemas porque o plantio ainda não começou.
No final de agosto, quando o preparo do solo tiver terminado, caso a seca persista, o problema poderá causar prejuízos no campo. Itajaí tem uma produção média de arroz irrigado que chega a mais de R$ 5 milhões por safra.
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