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14/08/2003
-
14h00
Quatro toneladas de maconha foram apreendidas na região de Sapopemba, zona leste de São Paulo. Foi a maior apreensão da história do Denarc (Departamento de Investigações Sobre Narcóticos).
A maior parte do carregamento recebido pelo traficante Humberto Alves Goulart, 39, seria distribuído na favela do Jardim Elba. Dois paraguaios, Ovídio Martinez Barreto, 24, e Elio Balbino Ovelar Spinoza, 29, integrantes da quadrilha, também foram presos.
Barreto, empregado dos produtores da droga, era encarregado de fiscalizar a distribuição da maconha em São Paulo. Spinoza trabalhava na preparação da droga para o comércio, junto com o ajudante-geral José Dias Dutra, 31.
Segundo o diretor do Denarc, delegado Ivaney Cayres de Souza, a droga
foi trazida de Ponta Porã (MS). "Eles trocaram de caminhões durante o transporte, para evitar que a droga fosse apreendida na estrada", afirmou.
O caminhão carregado com as quatro toneladas chegou no ferro velho da rua General Argolo, Vila Invernada, zona leste, na madrugada de ontem.
A ação da quadrilha era monitorada pela equipe do delegado Fábio Guimarães havia 60 dias. "Para nós, o importante era pegar o patrão para desmontar a quadrilha", disse.
Os policiais do investigador-chefe Oswaldo Cardenuto observaram toda a movimentação no ferro-velho para identificar os envolvidos com o tráfico de drogas na região. "No decorrer das investigações, outros acusados deverão ser presos", disse o diretor do Denarc.
A operação de prisão dos quatro acusados teve a participação de 10 policiais. O local de estoque da droga foi invadido às 16h de ontem, com a chegada do chefe do grupo. Segundo os policiais, para não despertar suspeitas, os sacos de maconha foram misturados aos sacos de latinhas e outros materiais do ferro-velho.
"Mais importante que a quantidade expressiva de maconha é o fato de tirar do tráfico toda esta droga, que seria distribuída em uma região específica da zona leste, principalmente na favela do Jardim Elba", disse Souza.
"Código genético"
O perito criminal Oswaldo Negrini, diretor do Núcleo de Laboratórios do Instituto de Criminalística de São Paulo, desenvolveu técnica de análise de maconha apreendida que permite identificar a procedência da droga. Através da utilização de aparelhos de última geração, o perito descobre o "código genético" da maconha.
"Essa técnica nos permite dizer de onde vem a maconha que está sendo distribuída em determinadas regiões de São Paulo", disse Negrini. "Assim, a polícia pode centrar sua investigação para determinadas rotas do tráfico internacional."
No trabalho científico, Negrini analisou centenas de porções de maconha apreendidas em vários Estados e produzidas em diferentes regiões.
O perito dará entrevista às 14h30, quando fará uma demonstração da análise da maconha apreendida. O diretor do Denarc também mostrará a rota do tráfico de maconha desde o Paraguai até São Paulo.
Polícia apreende 4 toneladas de maconha em São Paulo
da Folha OnlineQuatro toneladas de maconha foram apreendidas na região de Sapopemba, zona leste de São Paulo. Foi a maior apreensão da história do Denarc (Departamento de Investigações Sobre Narcóticos).
A maior parte do carregamento recebido pelo traficante Humberto Alves Goulart, 39, seria distribuído na favela do Jardim Elba. Dois paraguaios, Ovídio Martinez Barreto, 24, e Elio Balbino Ovelar Spinoza, 29, integrantes da quadrilha, também foram presos.
Barreto, empregado dos produtores da droga, era encarregado de fiscalizar a distribuição da maconha em São Paulo. Spinoza trabalhava na preparação da droga para o comércio, junto com o ajudante-geral José Dias Dutra, 31.
Segundo o diretor do Denarc, delegado Ivaney Cayres de Souza, a droga
foi trazida de Ponta Porã (MS). "Eles trocaram de caminhões durante o transporte, para evitar que a droga fosse apreendida na estrada", afirmou.
Divulgação Caixas com maconha em corredor de prédio do Denarc |
A ação da quadrilha era monitorada pela equipe do delegado Fábio Guimarães havia 60 dias. "Para nós, o importante era pegar o patrão para desmontar a quadrilha", disse.
Os policiais do investigador-chefe Oswaldo Cardenuto observaram toda a movimentação no ferro-velho para identificar os envolvidos com o tráfico de drogas na região. "No decorrer das investigações, outros acusados deverão ser presos", disse o diretor do Denarc.
A operação de prisão dos quatro acusados teve a participação de 10 policiais. O local de estoque da droga foi invadido às 16h de ontem, com a chegada do chefe do grupo. Segundo os policiais, para não despertar suspeitas, os sacos de maconha foram misturados aos sacos de latinhas e outros materiais do ferro-velho.
"Mais importante que a quantidade expressiva de maconha é o fato de tirar do tráfico toda esta droga, que seria distribuída em uma região específica da zona leste, principalmente na favela do Jardim Elba", disse Souza.
"Código genético"
O perito criminal Oswaldo Negrini, diretor do Núcleo de Laboratórios do Instituto de Criminalística de São Paulo, desenvolveu técnica de análise de maconha apreendida que permite identificar a procedência da droga. Através da utilização de aparelhos de última geração, o perito descobre o "código genético" da maconha.
"Essa técnica nos permite dizer de onde vem a maconha que está sendo distribuída em determinadas regiões de São Paulo", disse Negrini. "Assim, a polícia pode centrar sua investigação para determinadas rotas do tráfico internacional."
No trabalho científico, Negrini analisou centenas de porções de maconha apreendidas em vários Estados e produzidas em diferentes regiões.
O perito dará entrevista às 14h30, quando fará uma demonstração da análise da maconha apreendida. O diretor do Denarc também mostrará a rota do tráfico de maconha desde o Paraguai até São Paulo.
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