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21/08/2003
-
17h41
da Folha Online
O Estado de São Paulo passa por um longo período de estiagem, agravado no último final de semana com a chegada de uma intensa massa de ar seco. Segundo o médico patologista Paulo Hilario Nascimento Saldiva, da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo), nos dias em que a umidade relativa do ar está baixa e a poluição aumenta, há uma elevação no número de mortes repentinas.
"Quando aumenta a poluição, no dia da poluição e nos três dias subsequentes, há aumento de mortalidade. As crianças e os fumantes morrem de pneumonia, os asmáticos, de crises de asma. Mas há um grupo que morre subitamente, de infarto e arritmia cardíaca", disse o médico.
De acordo com Saldiva, em pesquisa realizada com marronzinhos da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), que, segundo o médico, são pessoas saudáveis, quando aumenta a poluição, há o aumento da pressão arterial, da arritmia cardíaca e da coagulação do sangue destes funcionários. Já em pessoas que apresentam algum problema cardíaco, por serem mais vulneráveis, o risco é maior.
Segundo Saldiva, a suspeita é que isso aconteça por conta de um distúrbio no sistema nervoso autônomo. "Precisamos identificar qual o poluente principal responsável por este distúrbio --pois os componentes variam-- para que possamos estabelecer estratégias de prevenção e de cura", afirmou.
Umidade relativa do ar
A situação da umidade relativa do ar é mais crítica no noroeste paulista, onde em algumas localidades não chove há mais de um mês, segundo a Defesa Civil Estadual.
Ontem, o índice chegou a 17% em São Paulo, 12% em Campinas (95 km a noroeste de São Paulo) e 13% em Ribeirão Preto (314 km a norte de São Paulo). Na tarde de hoje a capital paulista registrou o índice de 25%, segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).
No entanto, segundo a Defesa Civil, a partir de hoje, os índices de umidade devem atingir picos mínimos inferiores a 20%, especialmente no centro-oeste. De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), valores de umidade abaixo dos 20% oferecem risco à saúde, sendo recomendável a suspensão de atividades físicas, principalmente das 10h às 15h.
É recomendável o consumo de muito líquido. A tendência é de que essas condições meteorológicas persistam até domingo.
A partir de segunda-feira uma frente fria deve chegar ao Estado e elevar os índices de umidade, com previsão de chuva para algumas regiões.
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Baixa umidade do ar e poluição aumentam mortalidade repentina
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O Estado de São Paulo passa por um longo período de estiagem, agravado no último final de semana com a chegada de uma intensa massa de ar seco. Segundo o médico patologista Paulo Hilario Nascimento Saldiva, da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo), nos dias em que a umidade relativa do ar está baixa e a poluição aumenta, há uma elevação no número de mortes repentinas.
"Quando aumenta a poluição, no dia da poluição e nos três dias subsequentes, há aumento de mortalidade. As crianças e os fumantes morrem de pneumonia, os asmáticos, de crises de asma. Mas há um grupo que morre subitamente, de infarto e arritmia cardíaca", disse o médico.
De acordo com Saldiva, em pesquisa realizada com marronzinhos da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), que, segundo o médico, são pessoas saudáveis, quando aumenta a poluição, há o aumento da pressão arterial, da arritmia cardíaca e da coagulação do sangue destes funcionários. Já em pessoas que apresentam algum problema cardíaco, por serem mais vulneráveis, o risco é maior.
Segundo Saldiva, a suspeita é que isso aconteça por conta de um distúrbio no sistema nervoso autônomo. "Precisamos identificar qual o poluente principal responsável por este distúrbio --pois os componentes variam-- para que possamos estabelecer estratégias de prevenção e de cura", afirmou.
Umidade relativa do ar
A situação da umidade relativa do ar é mais crítica no noroeste paulista, onde em algumas localidades não chove há mais de um mês, segundo a Defesa Civil Estadual.
Ontem, o índice chegou a 17% em São Paulo, 12% em Campinas (95 km a noroeste de São Paulo) e 13% em Ribeirão Preto (314 km a norte de São Paulo). Na tarde de hoje a capital paulista registrou o índice de 25%, segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).
No entanto, segundo a Defesa Civil, a partir de hoje, os índices de umidade devem atingir picos mínimos inferiores a 20%, especialmente no centro-oeste. De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), valores de umidade abaixo dos 20% oferecem risco à saúde, sendo recomendável a suspensão de atividades físicas, principalmente das 10h às 15h.
É recomendável o consumo de muito líquido. A tendência é de que essas condições meteorológicas persistam até domingo.
A partir de segunda-feira uma frente fria deve chegar ao Estado e elevar os índices de umidade, com previsão de chuva para algumas regiões.
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