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29/08/2003 - 11h19

Prédios da polícia são atingidos por bombas em Ribeirão Preto

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ADRIANA MATIUZO
da Folha de S.Paulo, em Ribeirão Preto

Dois prédios da polícia em Ribeirão Preto (314 km a norte de São Paulo) foram alvo de coquetéis molotov --bombas feitas com garrafa com combustível e pavio-- entre a noite de anteontem e a madrugada de ontem.

Foi o primeiro atentado a bomba contra prédios da polícia na cidade. No ano passado, a casa de um delegado foi atingida por uma bomba.

A DIG (Delegacia de Investigações Gerais) vai investigar o caso e já instaurou dois inquéritos para apurar a autoria dos crimes. Tanto a Polícia Civil quanto a PM acreditam que os dois atentados estejam interligados.

O primeiro atentado ocorreu por volta de 23h10 no prédio do Deinter (Departamento de Polícia Judiciária do Interior), no centro da cidade. Uma testemunha disse aos policiais ter visto um homem que passou a pé pelo local atirando o artefato contra uma vidraça do prédio.

De acordo com o diretor do Deinter, Luiz Roberto Ramada Spadafora, o coquetel atravessou a janela do cartório e incendiou uma cadeira giratória e um livro. Segundo ele, uma das paredes e uma mesa da sala ficaram com manchas de queimaduras.

O policial que cuida da portaria do prédio ouviu o ruído da bomba e solicitou reforço de segurança. Ele mesmo conseguiu controlar as chamas na sala e não precisou acionar os bombeiros.

Por volta de 0h10 ocorreu o segundo atentado. A Base de Segurança Comunitária do Complexo Sul, que fica ao lado do campus da Unaerp, também foi alvo de um coquetel molotov, que não chegou a atingir sua estrutura.

De acordo com o comandante da Polícia Militar de Ribeirão Preto, major Antonio Arcêncio, o arremesso foi curto e o coquetel caiu na calçada. Um policial que estava trabalhando no local, ao ouvir o estrondo, viu uma pessoa correndo, mas não o seguiu porque não poderia deixar a base sozinha. O policial solicitou reforço na segurança logo depois de perceber a ação. Mesmo assim, nenhum suspeito foi detido na área.

"É muita coincidência. Pode ter sido a mesma pessoa ou pode ter sido praticado por pessoas diferentes com o mesmo objetivo", disse o major. Ele afirmou que solicitou aos policiais que passem com maior frequência pela base e fiquem ainda mais alertas com relação à segurança do local.

O comandante da PM declarou que os policiais fizeram diligências por toda a madrugada à procura de suspeitos também na região do Deinter, mas não localizaram ninguém. "Acredito que os casos estejam relacionados porque os artefatos são muito semelhantes", disse Spadafora.

Sobre a possibilidade de os atentados estarem relacionados ao PCC (Primeiro Comando da Capital), o diretor disse que vai aguardar as investigações, mas que não descarta a hipótese.
 

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