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31/08/2003
-
08h47
da Folha Online
da Folha de S.Paulo
As tarifas dos bilhetes múltiplos do Metrô de São Paulo e da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) estão mais caras a partir deste hoje, sete meses e 12 dias depois do último reajuste.
O múltiplo de dez subiu para R$ 17, um reajuste de 9,68%. Já o múltiplo de dois ficou 5,88% mais caro --passando de R$ 3,40 para R$ 3,60.
O preço do bilhete unitário --R$ 1,90-- não foi alterado. Somente a passagem unitária de R$ 1,55, cobrada apenas na linha 5-lilás do Metrô (Capão Redondo-Largo Treze) e em estações da CPTM que não dispõem de catracas eletrônicas, teve reajuste: passará a custar R$ 1,70.
A elevação dos preços ocorre depois de representantes do governo Geraldo Alckmin (PSDB) terem descartado, nos últimos três meses, a possibilidade de um novo reajuste das tarifas.
Reajustes
O Metrô enfrentou uma greve de dois dias em junho. O TST (Tribunal Superior do Trabalho) concedeu, na época, a elevação imediata de 12,13% nos salários da categoria e duas parcelas de 3%, em janeiro e março de 2004.
O secretário dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, alegava não ter recursos para esse aumento. Cogitou não pagar fornecedores e falou em atrasar as obras da linha 4 (Luz-Vila Sônia), mas negava com veemência a possibilidade de mudança na passagem. O presidente do Metrô, Luiz Carlos David, dizia que essa hipótese era descartada em razão de obstáculos legais -por já ter havido um reajuste neste ano.
A nova justificativa do Estado, que superaria os questionamentos jurídicos, é a de que a alta dos bilhetes múltiplos de dois e de dez não significa um aumento tarifário, mas uma "redução de descontos".
Explicação: a tarifa unitária do Metrô é de R$ 1,90; os R$ 15,50 cobrados pelo múltiplo de dez seriam apenas um desconto de R$ 3,50 no preço de dez viagens unitárias; agora, com a elevação do bilhete para R$ 17, esse desconto passa a ser de R$ 2.
Os bilhetes múltiplos de dois e de dez são os mais comprados pelos passageiros do Metrô e dos trens, já que permitem uma redução no custo final da viagem. Na CPTM, somente 14% dos usuários compram a passagem unitária -os 86% restantes se dividem em vales-transporte (35%) fornecidos por empresas, múltiplos de dois (26%) e de dez (25%).
O Metrô transporta cerca de 2,5 milhões de passageiros por dia. A CPTM, 1,1 milhão.
Bilhetes múltiplos do Metrô estão mais caros em São Paulo
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da Folha de S.Paulo
As tarifas dos bilhetes múltiplos do Metrô de São Paulo e da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) estão mais caras a partir deste hoje, sete meses e 12 dias depois do último reajuste.
O múltiplo de dez subiu para R$ 17, um reajuste de 9,68%. Já o múltiplo de dois ficou 5,88% mais caro --passando de R$ 3,40 para R$ 3,60.
O preço do bilhete unitário --R$ 1,90-- não foi alterado. Somente a passagem unitária de R$ 1,55, cobrada apenas na linha 5-lilás do Metrô (Capão Redondo-Largo Treze) e em estações da CPTM que não dispõem de catracas eletrônicas, teve reajuste: passará a custar R$ 1,70.
A elevação dos preços ocorre depois de representantes do governo Geraldo Alckmin (PSDB) terem descartado, nos últimos três meses, a possibilidade de um novo reajuste das tarifas.
Reajustes
O Metrô enfrentou uma greve de dois dias em junho. O TST (Tribunal Superior do Trabalho) concedeu, na época, a elevação imediata de 12,13% nos salários da categoria e duas parcelas de 3%, em janeiro e março de 2004.
O secretário dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, alegava não ter recursos para esse aumento. Cogitou não pagar fornecedores e falou em atrasar as obras da linha 4 (Luz-Vila Sônia), mas negava com veemência a possibilidade de mudança na passagem. O presidente do Metrô, Luiz Carlos David, dizia que essa hipótese era descartada em razão de obstáculos legais -por já ter havido um reajuste neste ano.
A nova justificativa do Estado, que superaria os questionamentos jurídicos, é a de que a alta dos bilhetes múltiplos de dois e de dez não significa um aumento tarifário, mas uma "redução de descontos".
Explicação: a tarifa unitária do Metrô é de R$ 1,90; os R$ 15,50 cobrados pelo múltiplo de dez seriam apenas um desconto de R$ 3,50 no preço de dez viagens unitárias; agora, com a elevação do bilhete para R$ 17, esse desconto passa a ser de R$ 2.
Os bilhetes múltiplos de dois e de dez são os mais comprados pelos passageiros do Metrô e dos trens, já que permitem uma redução no custo final da viagem. Na CPTM, somente 14% dos usuários compram a passagem unitária -os 86% restantes se dividem em vales-transporte (35%) fornecidos por empresas, múltiplos de dois (26%) e de dez (25%).
O Metrô transporta cerca de 2,5 milhões de passageiros por dia. A CPTM, 1,1 milhão.
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