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22/08/2000 - 17h33

PF distribui cartazes com retratos falados de suspeitos de sequestrar avião no PR

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LÉO GERCHMANN
da Agência Folha, em Porto Alegre

A Polícia Federal vai distribuir em todas as regiões do país os retratos falados dos suspeitos de terem assaltado um Boeing da Vasp no último dia 16.

A distribuição vai começar na próxima semana e incluirá a Internet.

Munidos dos retratos descritos por integrantes da tripulação, agentes da PF irão a Londrina na próxima segunda-feira para checar os desenhos com outras testemunhas.

De acordo com a chefe da Divisão de Comunicação Social da PF, Viviane da Rosa, a investigação entrou, agora, ''em uma fase de sigilo''.

O número de retratos a serem distribuídos e os locais onde a estratégia será utilizada com maior intensidade não foram divulgados pela PF.

A ampla divulgação dos retratos se deve, em muito, ao fato de o crime poder ter extensão nacional. Ontem, a PF passou a investigar a possibilidade de haver vinculação entre o assalto e a rebelião ocorrida sexta-feira na colônia penal agrícola de Monte Cristo, em Roraima.

O presidiário Uel Leite de Souza, que não conseguiu escapar, é pai de Uel Leite de Souza Filho, que pertenceria à quadrilha de Marcelo Moacir Borelli _principal suspeito pelo sequestro do avião, de onde foram roubados R$ 5 milhões em malotes bancários.

''O dinheiro do assalto poderia ter sido utilizado para subornar alguém, é a forma como eu posso imaginar essa situação'', disse o agente Antônio Flores, da Polícia Federal em Boa Vista.

Durante a rebelião, ficaram como reféns o diretor da penitenciária e sete funcionários. Sete presidiários conseguiram fugir. Uel permaneceu preso.

Com 61 passageiros e seis tripulantes a bordo, o Boeing da Vasp teve sua rota desviada ao decolar de Foz do Iguaçu com destino a Curitiba, Rio de Janeiro, Brasília e São Luís. Cinco homens encapuzados obrigaram o comandante Sérgio Carmo dos Santos a pousar em Porecatu (norte do Paraná).

A PF já apurou que os assaltantes utilizaram os nomes falsos de Júlio Ribeiro, Antônio Manfrini Júnior, Erasmo Zapolutti, Carlos Oliveira e Robson Santana.

Está sendo feita uma análise das relações de hóspedes do Hotel Foz do Iguaçu, local onde provavelmente ficaram os suspeitos. Em Londrina, a PF está se concentrando em tomar depoimentos de pessoas como taxistas e vendedores de carros, que teriam tido contato com os suspeitos do assalto.

 

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